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Política e Economia

EUA fecham acordo histórico de livre comércio com 11 países do Pacífico

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Tratado de Associação Transpacífico representa 40% da economia mundial e irá eliminar 18.000 impostos colocados em cima de produtos norte-americanos

Redação

2015-10-05T17:00:00.000Z

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EUA e outras 11 nações com abertura para o oceano Pacífico anunciaram um acordo histórico de livre comércio nesta segunda-feira (05/10), que leva o nome de Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês). Os doze países são — além de EUA e Japão — Canadá, Chile, Austrália, Brunei, Malásia, Nova Zelândia, México, Peru, Cingapura e Vietnã. Juntos, eles compõem 40% da economia mundial. 

Agência Efe

A formação do TPP entrou em discussão quase oito anos atrás; negociações finais foram retomadas na quarta (30/09) em Atlanta (EUA)


“Esta parceria iguala o campo para os nossos fazendeiros, rancheiros e manufatureiros por eliminar mais de 18.000 impostos que vários países colocam sobre nossos produtos”, explicou o presidente dos EUA, Barack Obama, à imprensa.  “Ela inclui os mais fortes compromissos com o trabalho e o meio ambiente do que qualquer outro acordo na história”, ressaltou.

O acordo representa um importante marco no governo de Obama, mas ainda precisa ser aprovado no Congresso, que deverá votar apenas em 2016.


Além de eliminar impostos, o TPP estabelecerá regras uniformes sobre a propriedade intelectual das corporações, abrirá o fluxo de informação pela internet entre as nações, inclusive no Vietnã, que é comunista; e estabelecerá uma fiscalização única sobre o tráfico ilegal de animais e crimes ambientais. Além disso, o tratado também visa diminuir a influência chinesa na região.

Outros países asiáticos, como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, além de sul-americanos, como a Colômbia, já expressaram interesse no acordo.


Sindicatos trabalhistas, ativistas de direitos humanos e ambientalistas se opuseram ao acordo, justificando que  TPP irá beneficiar apenas as grandes empresas, prejudicando trabalhadores e enfraquecendo leis de proteção ambiental.

Na política, um dos que criticaram o tratado foi Bernie Sanders, pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata, que afirmou que o TTP vai "devastar famílias trabalhadoras".


A formação do TPP entrou em discussão quase oito anos atrás e as negociações finais foram retomadas na última quarta-feira (30/09) em Atlanta, nos EUA, para acertar os detalhes quanto ao comércio de laticínios e a nova geração de biomedicina. Outros pontos de atrito, que atrasaram a criação do grupo, incluiram os setores agrícolas, automotivos, produtos farmacêuticos e propriedade intelectual.

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20 Minutos

Renato Rovai: bolsonarismo é o fascismo idiotizado

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Para o fundador da Revista Fórum, direita tem a vantagem de vender histórias inexistentes, sem o menor compromisso com a verdade; veja vídeo na íntegra

Pedro Alexandre Sanches

São Paulo (Brasil)
2022-05-23T20:35:00.000Z

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No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta segunda-feira (23/05), Breno Altman conversou com o jornalista Renato Rovai, criador da Revista Fórum, sobre táticas e estratégias para derrotar o fascismo em 2022. 

Para Rovai, o fenômeno do bolsonarismo é um "neofascismo idiotizado", com características mais entreguistas do que nacionalistas. “O projeto de [Jair] Bolsonaro é o confronto permanente e o caos. Ele precisa fazer isso, porque numa sociedade sem o conflito como base, vão se encontrar liberais mais moderados para colocar no lugar dele. É besteira ficar com um maluco como esse”, afirmou o jornalista, declarando que o presidente brasileiro "pode fazer isso, porque ao mesmo tempo entrega tudo, é ultraneoliberal. Se fosse nacionalista, ele teria sido derrubado".

O fundador da Fórum classificou a produção de notícias falsas como o principal combustível para o crescimento neofascista à moda local: “fica mais fácil, porque eles não têm o mínimo compromisso com a verdade. Quem distribui é ignorante ou está pouco se lixando se é mentira. Esse é cúmplice e sócio, ajuda a fazer com o maior prazer”.  

Altman perguntou por que o bolsonarismo é especialmente forte nos setores de maior renda e escolaridade, e Rovai deu sua interpretação dizendo que o país “seja a faixa mais idiotizada da população". Segundo ele, "quanto mais conhece gente da elite, a gente mais se convence da ignorância total”. 

O jornalista defende que Bolsonaro libertaria parte da elite brasileira para voltar a ser o que sempre foi e sempre quis ser, inclusive escravagista, citando como exemplo a revolta de setores da burguesia no momento em que a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu a lei dos direitos trabalhistas para trabalhadoras domésticas.

Reconstituindo o caminho que trouxe o Brasil a este ponto, Altman e Rovai voltaram às jornadas de junho de 2013, iniciadas pela esquerda e rapidamente apropriadas pela direita, que assim voltou às ruas pela primeira vez em décadas. 

“A tecnologia do golpe foi desenvolvida ali, e a tecnologia da disputa de Bolsonaro em 2018 também. Ali eles aprendem como é possível derrotar a esquerda”, concluiu.

Flickr/Fora do Eixo
Jornalista Renato Rovai, criador da Revista Fórum, é o entrevistado de Breno Altman no 20 MINUTOS ENTREVISTA desta segunda-feira (23/05)

Enquanto a política tradicional desmoronava a bordo da Operação Lava Jato, o bolsonarismo ocupava o lugar deixado vago e adquiria protagonismo. Para ele, os partidos mais tradicionais, com exceção do PT, acabaram se esfarelando no processo. “Nesse vácuo, o bolsonarismo acabo assumindo protagonismo. Isso já se podia ver nas manifestações de 2015 e 2016, quando Bolsonaro era recebido como mito e herói e Aécio [Neves], [Geraldo] Alckmin e [José] Serra já eram vaiados como pessoas do sistema”, lembrou.

Como derrotar o fascismo

Rovai acaba de lançar, em parceria com o sociólogo Sergio Amadeu, o livro Como Derrotar o Fascismo em Eleições e Sempre, em coedição das editoras Veneta e Hedra. O livro analisa a ascensão dessa nova direita mais agressiva, ignorante e totalmente adaptada ao mundo digital e testa sugestões para derrotá-la. 

Para o editor da Fórum, o bolsonarismo foi eficaz no uso da ferramenta que tinha: as redes sociais. Enquanto isso, o PT apostava no poder decadente da televisão e na imagem de Luiz Inácio Lula da Silva para alcançar a vitória. 

Como Derrotar o Fascismo defende que o meio digital é o campo de batalha por princípio do neofascismo à brasileira. De acordo com Rovai, a campanha da direita em 2018 foi construída calculadamente a partir de influenciadores digitais com grande número de seguidores, inclusive transformando alguns desses atores em candidatos que acabaram eleitos com altas votações.

O jornalista alertou para o grande apoio político que o atual presidente tem conseguido angariar. “Elon Musk ter vindo aqui é uma demonstração que o grande capital internacional tem interesse e vai provavelmente apoiar Bolsonaro fortemente”, disse. 

Afirmando que o embate nas ruas vai ser duro em 2022, Rovai defendeu que a campanha de Lula responda à eficácia dos estratagemas bolsonaristas com um discurso concreto e direto: “O Bolsa Família vai ser de quanto? Tem que dizer o valor. Vamos ter que ganhar esta eleição disputando o voto pobre conservador, porque o voto rico conservador vai todo para Bolsonaro”.  

Na mesma direção, sustentou que não fazem sentido neste momento, como não faziam em 2018, campanhas do tipo “a esperança vai vencer o medo”. “Só tem um discurso para combater o medo que Bolsonaro impôs. É medo contra medo, mais medo para derrotar o medo”, finalizou. 

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