EUA e outras 11 nações com abertura para o oceano Pacífico anunciaram um acordo histórico de livre comércio nesta segunda-feira (05/10), que leva o nome de Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês). Os doze países são — além de EUA e Japão — Canadá, Chile, Austrália, Brunei, Malásia, Nova Zelândia, México, Peru, Cingapura e Vietnã. Juntos, eles compõem 40% da economia mundial.
Agência Efe
A formação do TPP entrou em discussão quase oito anos atrás; negociações finais foram retomadas na quarta (30/09) em Atlanta (EUA)
“Esta parceria iguala o campo para os nossos fazendeiros, rancheiros e manufatureiros por eliminar mais de 18.000 impostos que vários países colocam sobre nossos produtos”, explicou o presidente dos EUA, Barack Obama, à imprensa. “Ela inclui os mais fortes compromissos com o trabalho e o meio ambiente do que qualquer outro acordo na história”, ressaltou.
O acordo representa um importante marco no governo de Obama, mas ainda precisa ser aprovado no Congresso, que deverá votar apenas em 2016.
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Além de eliminar impostos, o TPP estabelecerá regras uniformes sobre a propriedade intelectual das corporações, abrirá o fluxo de informação pela internet entre as nações, inclusive no Vietnã, que é comunista; e estabelecerá uma fiscalização única sobre o tráfico ilegal de animais e crimes ambientais. Além disso, o tratado também visa diminuir a influência chinesa na região.
Outros países asiáticos, como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, além de sul-americanos, como a Colômbia, já expressaram interesse no acordo.
Sindicatos trabalhistas, ativistas de direitos humanos e ambientalistas se opuseram ao acordo, justificando que TPP irá beneficiar apenas as grandes empresas, prejudicando trabalhadores e enfraquecendo leis de proteção ambiental.
Na política, um dos que criticaram o tratado foi Bernie Sanders, pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata, que afirmou que o TTP vai “devastar famílias trabalhadoras”.
A formação do TPP entrou em discussão quase oito anos atrás e as negociações finais foram retomadas na última quarta-feira (30/09) em Atlanta, nos EUA, para acertar os detalhes quanto ao comércio de laticínios e a nova geração de biomedicina. Outros pontos de atrito, que atrasaram a criação do grupo, incluiram os setores agrícolas, automotivos, produtos farmacêuticos e propriedade intelectual.