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Política e Economia

Argentina: promessas econômicas e críticas a kirchnerismo marcam fim da campanha presidencial

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Scioli propôs fim do IR a aposentados que ganhem menos de R$ 12 mil/ano; Macri convoca 'mobilização popular' pelo desenvolvimento; Massa promete fim do legado dos Kirchners

Vanessa Martina Silva

2015-10-23T11:20:00.000Z

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“Nenhum trabalhador e aposentado que ganhe menos de 30 mil pesos [R$ 12 mil] por mês terá que pagar imposto de renda”. A promessa, feita por Daniel Scioli durante o encerramento de sua campanha à presidência na noite desta quinta-feira (22/10), é uma das principais apostas do candidato para convencer os argentinos ainda indecisos e garantir a vitória para o candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner ainda no primeiro turno. Este foi considerado o anúncio mais concreto de sua candidatura.

Diante da militância, sobretudo jovem, que lotou as arquibancadas do Luna Park – estádio localizado no centro da capital Buenos Aires -, Scioli reforçou as promessas de sua campanha focando-se principalmente em temáticas econômicas. Em consonância com Cristina – que não compareceu ao ato – o candidato reforçou a necessidade de se fortalecer “o mercado interno do país, o consumo popular” e o investimento na geração de novos empregos.

Agência Efe

O candidato Daniel Scioli durante o último ato de sua campanha pela presidência da Argentina

“A Argentina tem que se tornar um verdadeiro paraíso produtivo. Nunca mais seremos um paraíso especulativo e financeiro”, ressaltou Scioli, que convocou os setores “peronistas, socialistas, progressistas” a se somarem a seu projeto: “falem em favor da unidade”.

Antecedendo Scioli e com um discurso mais contundente e baseado em críticas à oposição e aos meios de comunicação, o companheiro de fórmula da Frente para a Vitória, Carlos Zannini, não poupou críticas ao que considera ser um ambiente de fraude que está sendo criado por candidatos opositores e ao pessimismo com que a situação econômica do país é retratada.

O candidato à vice-presidência também se referiu à polêmica levantada nos últimos dias no país sobre uma possível flexibilização de Scioli com relação ao pagamento dos chamados fundos abutres: “é a oposição que defende que se pague esses fundos, que defende o que diz [o juiz norte-americano Thomas] Griesa”. Um dos pontos altos do ato foi justamente quando Zannini defendeu o papel da presidente Cristina no combate a esses fundos especulativos.

Macri propõe Cordobaço

O chefe de governo da cidade de Buenos Aires e candidato pelo Cambiemos, Mauricio Macri, realizou o encerramento de sua campanha no estádio Orfeu, na cidade de Córdoba. Segundo ele, a cidade foi escolhida porque foi lá que “começamos a crer que uma mudança é possível”. Assim, propôs um “cordobaço de crescimento e desenvolvimento da Argentina”, em referência ao movimento popular iniciado na cidade em 1969.

 

Agência Efe

O candidato Mauricio Macri durante o último ato de sua campanha, em Córdoba, nesta quinta-feira

Como uma das principais promessas feita pelo candidato está a criação de dois milhões de postos de trabalho por meio do fortalecimento das economias regionais para chegar à “pobreza zero” no país.

Apontado pelas últimas pesquisas como o candidato com mais chances de conseguir levar a disputa para um segundo turno, já que aparece nos últimos levantamentos realizados no início da semana como segundo colocado, Macri se comprometeu a “unir os argentinos” e chamou os eleitores a “construir uma Argentina onde seja possível viver melhor”.

Massa promete acabar com kirchnerismo

Ex-integrante do gabinete nacional entre 2008 e 2009 – durante o primeiro mandato de Cristina Kirchner – e rompido com o governo desde 2013, Sergio Massa não poupou críticas à atual gestão e em seu último ato de campanha, realizado na província de Tigre, prometeu “acabar com o kirchnerismo na Argentina”.

Reforçando a polarização entre ele e Macri em torno do voto útil, Massa, que concorre pela coligação UNA (Unidos por uma Nova Argentina) voltou a se definir como a melhor opção para uma mudança nos rumos do país por ter, segundo ele, mais chances de derrotar Scioli em um possível segundo turno.

Agência Efe

O candidato Sergio Massa durante o último ato de sua campanha em Tigre

No âmbito econômico, voltou a defender o fim do imposto de renda, que classificou como “um roubo” e prometeu aos jovens a criação de um milhão de empregos com base em um programa de aprendiz e de primeiro emprego.

A crítica mais dura, no entanto, foi dirigida à juventude kirchnerista representada pelo movimento político La Cámpora: “aos funcionários públicos pedimos que (…) respeitem seu lugar no Estado. Vamos varrer todos os funcionários fantasmas do La Cámpora”. O candidato defende o endurecimento do código penal com prisão perpétua para narcotraficantes, estupradores e feminicidas e um capítulo especial contra a corrupção. 

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Eleições 2022 na Colômbia

Favorito na Colômbia, Gustavo Petro pode ser o primeiro esquerdista na presidência

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Ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá tem 41% das intenções de voto contra direitista Federico Gutiérrez, com 27%

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-23T17:15:00.000Z

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A seis dias do primeiro turno das eleições, o ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá Gustavo Petro, de 62 anos, continua liderando as pesquisas da eleição presidencial colombiana, com 41% das intenções de voto. Base forte, mas insuficiente para evitar um segundo turno, que deve ocorrer contra o ex-prefeito de Medellín, o direitista Federico Gutiérrez, de 47 anos, com 27% dos votos.

Figuras de papelão com a cara de Petro e bandeiras do movimento colombiano e indígena. Com esses e outros símbolos, pelo menos 50 mil pessoas compareceram no domingo (22/05) à Praça de Bolívar, no centro Bogotá, para o encerramento da campanha do candidato de esquerda.

Petro aspira tomar o poder da direita colombiana. É a primeira vez que um candidato está tão perto de alcançá-lo. “Temos esperança nele, sobretudo para que a pobreza e a violência acabem”, explica Isabel, uma moradora de Bogotá que participava pela primeira vez de um evento político.

Durante o comício, a fala de Gustavo Petro se concentrou justamente nessas duas questões. "Simplesmente viver juntos em paz como objetivo central da mudança", disse o candidato, que concorre às eleições com Francia Márquez como vice.

Se as previsões se confirmarem, será a primeira vez que a esquerda conquista o poder na Colômbia, país historicamente governado por elites liberais e conservadoras.

O direitista Federico 'Fico' Gutiérrez, 47, e ex-prefeito de Medellín, é o mais bem posicionado para disputar o segundo turno contra o Petro em 19 de junho. Mas ele é seguido de perto pelo empresário independente Rodolfo Hernández, 77, cuja candidatura é apoiada pela franco-colombiana Ingrid Betancourt.

Wikicommons
Durante o comício, a fala de Gustavo Petro se concentrou em temas como violência e pobreza

Esperança no último comício

Enquanto 85% dos colombianos acreditam que seu país está indo na direção errada, o programa progressista de Gustavo Petro dá esperança. "O que propomos é uma unidade nacional construída sobre novas bases.", disse Petro.

 “O que eu espero é que ele reduza as desigualdades sociais, torne a educação e o ensino universitário gratuitos”, disse um homem presente ao comício. “Gustavo Petro vai criar empregos, para termos mais qualidade no trabalho e na saúde”, disse uma mulher que também participava do evento.

Para outra mulher ouvida pela reportagem da RFI, o mais importante é que ele implemente os acordos de paz assinados em 2016: “Espero a implementação dos acordos de paz porque o governo atual os negligenciou. As áreas rurais sofrem todo o peso da violência”.

“Se queremos abrir uma era de paz na Colômbia, devemos erradicar o regime de corrupção”, disse Gustavo Petro, que promete, se eleito, pedir à ONU que crie uma comissão internacional para investigar atos de corrupção no país.

 “Hoje podemos encerrar esta campanha eleitoral, porque tenho certeza de que no próximo domingo mudaremos a história da Colômbia”, acrescentou o candidato favorito.

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