Atualizado às 21h03
Segundo as primeiras pesquisas de boca de urna, o candidato kirchnerista, Daniel Scioli, está à frente das eleições deste domingo (25/10) na Argentina, em meio à possibilidade de segundo turno.
EFE
Candidato kirchnerista, Daniel Scioli, sorri após votar hoje
Após os colégios eleitorais fecharem as portas às 18h locais (19h de Brasília), as primeiras informações dão vantagem a Scioli do FpV (Frente para a Vitória), mas não com uma margem suficiente para ganhar no primeiro turno.
Em segundo lugar, está o Mauricio Macri (Cambiemos), seguido de Sergio Massa, do UNA (Unidos por uma Nova Argentina).
As pesquisas divulgadas pela imprensa local indicam apenas a tendência do voto e não as porcentagens de cada um dos candidatos. Isso ocorre devido a uma proibição eleitoral que rege no país até a divulgação dos primeiros resultados oficiais que devem demorar horas para sair.
Contudo, a imprensa argentina diz que Scioli pode não ter conseguido 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação a Macri, condição necessária para a realização de um segundo turno.
Caso haja segundo turno, será a primeira vez na história da Argentina que haverá uma segunda rodada de votação na eleição presidencial.
Arredores do Bunker de Daniel Scioli pic.twitter.com/vt0IThdBHZ
— Vanessa Martina (@vmartinaom) 25 outubro 2015
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Enquanto não saem os dados oficiais, a equipe de campanha de Macri declarou à imprensa que está “confiante” de que o presidenciável vencerá na província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral da Argentina, e que a disputa com Scioli irá “precisamente” para o segundo turno. Por sua vez, o comitê eleitoral de Scioli reitera triunfo, mas pede “prudência e paciência”.
Fontes do sciolismo consultadas por Opera Mundi ressaltaram que ainda não há dados oficiais a respeito de um eventual segundo turno. Um político próximo ao candidato destacou qu por esrarem lidando com uma margem pequena de votos, não é possível cantar vitória.
Pleito
Neste domingo, milhões de argentinos foram às urnas para eleger presidente e vice-presidente, 24 senadores, 130 deputados nacionais e 43 parlamentares do Mercosul. Em 11 das 23 províncias do país, os eleitores votaram para o cargo de governador.
Além de votar para presidente, a província de Buenos Aires é uma das que também o governador que substituirá a gestão do candidato kirchnerista Daniel Scioli. No estado, tradicionalmente peronista, o chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, disputa com María Engenia Vidal, candidata do macrismo, em um cenário também acirrado.
Segundo o jornal argentino La Nacion, o chefe do gabinete do FpV, Alberto Pérez, anunciou que, de acordo com as pesquisas de boca de urna, Aníbal Fernández será o novo governador da província de Buenos Aires.
Com filas rápidas nos centros de votação na Capital Federal e na província de Buenos Aires, os eleitores comentam a Opera Mundi que a segurança e a inflação são algumas das principais preocupações que eles têm em mente e que vão exigir do candidato que será eleito.
Em fim de mandato, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, votou em tom de otimismo nas eleições que irão definir o candidato que irá sucedê-la à frente da Casa Rosada. Na cidade patagônia de Río Gallegos, ela declarou a jornalistas: “Após dezembro, vou fazer o que sempre fiz: militar”.