O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite desta sexta-feira (06/11) que seu governo não aceitará o pedido da companhia energética TransCanada para a construção do oleoduto Keystone, que ligaria o Canadá ao México, passando pelo território norte-americano.
Com isso, o mandatário encerra uma discussão que já durava sete anos e atende as reivindicações de grupos ambientalistas. “Hoje os Estados Unidos têm um papel de liderança no tema das mudanças climáticas”, disse Obama, justificando a recusa. Segundo ele, o Departamento de Estado chegou à conclusão de que o projeto não é do interesse do país. “E eu estou de acordo”, acrescentou.
Agência Efe
Anúncio de Obama agradou ambientalistas
Além disso, o presidente alegou que o oleoduto não é fundamental para a economia norte-americana e não representa o modo certo de criar postos de trabalho. “Transportar mais petróleo sujo pelo nosso país não aumentará a segurança energética da América. O oleoduto também não abaixaria o preço do gás para os consumidores norte-americanos”, destacou o mandatário. Já os republicanos defendem Keystone e acreditam que a iniciativa é de vital importância para o setor de energia nos EUA.
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Por outro lado, a decisão fortalece Obama para a COP21 (Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), evento que acontece entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro, em Paris. Na ocasião, líderes mundiais, incluindo o norte-americano, tentarão assinar o maior acordo climático da história, que vai substituir o Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro de 2005.
“Se queremos prevenir os piores efeitos das mudanças climáticas antes que seja tarde demais, é preciso agir agora”, salientou o mandatário. Já o recém-eleito primeiro-ministro do Canadá, o liberal Justin Trudeau, disse que respeita o direito dos Estados Unidos de tomar tal decisão e que as relações entre os dois países estão acima de um único projeto.
Agência Efe
Diante da Casa Branca, vários norte-americanos comemoraram a decisão