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Política e Economia

Pela primeira vez no ano, gregos realizam greve geral de 24h contra medidas de austeridade

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Mais de 25 mil pessoas foram às ruas em Atenas; serviços públicos foram fechados, incluindo hospitais, escolas, bancos, museus e do setor de transportes

Redação

2015-11-12T11:56:00.000Z

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Atualizado às 10h40

Sindicatos e diversos setores da sociedade civil grega realizaram nesta quinta-feira (12/11) a primeira greve geral de 24h no país desde que o partido de esquerda Syriza, do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, assumiu o país em janeiro deste ano.

EFE

Serviços públicos foram paralisados no país europeu, que passou por uma das piores crises econômicas e políticas neste ano


Segundo o jornal grego Ekathimerini, a greve foi convocada pelos principais sindicatos do setor público e privado. Eles protestam contra uma nova rodada de aumentos de impostos  e de cortes de gastos públicos, relacionados ao terceiro pacote de resgate — assinado por Tsipras há três meses — acenando para um descontentamento com as medidas de austeridade.

Cerca de 25 mil pessoas marcharam pelo centro de Atenas, em três manifestações separadas. De acordo com números da polícia local, uma marcha de um sindicato comunista reuniu 15 mil; enquanto 4 mil ou mais participaram de uma manifestação sindical e outras 5 mil se juntaram em um protesto organizado por grupos anarquistas. Além disso, houve outra grande mobilização, com ao menos 10 mil, em Thessaloniki - a segunda maior cidade do país.
 

Police figures: About 24,000 people in 3 separate protest marches in Athens as part of general #strike. #Greece pic.twitter.com/u0FODaAXJl

— Elena Becatoros (@ElenaBec) 12 novembro 2015

Como resultado, todos os serviços públicos foram fechados, incluindo hospitais, escolas, bancos e museus. O metrô de Atenas será fechado durante todo o dia, bem como os trens suburbanos. A rede de ônibus da capital funcionará em período reduzido e não haverá conexões de ferry entre o continente e as ilhas. Companhias aéreas como Aegean Airlines e Olympic Air também anunciaram cancelamentos de voos para esta quinta-feira.

"Quando o salário médio já foi reduzido em 30%, quando os salários já são inaceitavelmente baixos, quando o sistema de segurança social está em risco de colapso, não podemos nos sentar e nos calar", disse ao The Guardian Grigoris Kalomoiris, um dos líderes do  Adedy, sindicato dos funcionários públicos da nação.

"Eu acredito que as greves podem se transformar em um bumerangue para o trabalhador, mas há momentos em que as pessoas precisam reagir", afirmou o aposentado Yannis Nikolaidis à AP enquanto marchava no protesto perto do Parlamento da Grécia. "Este é o momento em que as pessoas precisam reagir. Basta de impostos e de conversa fiada. Eles precisam nos deixar respirar."

EFE/Arquivo

Tsipras dissera no início do ano, quando assumiu cargo de premiê, que 'austeridade era coisa do passado'; população contesta


Syriza

Para o Syriza, a greve geral é vista com simpatia e trata-se de uma mobilização contra "as políticas neoliberais e à chantagem dos centros financeiros e políticos, dentro e fora da Grécia", afirmou o partido em nota.

Em janeiro, Tsipras chegou ao poder com o discurso que a "austeridade era coisa do passado" e prometeu fazer frente aos credores internacionais para renegociar a dívida pública. Ele ainda não fez declarações sobre a atual paralisação.

Após um referendo, em julho, em que mais de 60% da população pediu o "não" a um acordo de austeridade, o premiê chegou a renunciar e a convocar eleições antecipadas, mas foi reeleito em um mandato para implementar um terceiro pacote de resgate no valor de 86 bilhões de euros com instituições financeiras europeias, em troca de medidas de cortes orçamentários.
 

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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