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Política e Economia

Após vitória de Macri, 'La Nación' chama de 'vergonhosa' prisão de militares que agiram durante ditadura

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Jornal critica recuperação histórica de crimes do Estado nos anos 1970 feita por governos Kirchner; presidente eleito diz que julgamento de repressores prosseguirá em seu governo

Vanessa Martina Silva

2015-11-23T17:34:00.000Z

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O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, afirmou durante sua campanha eleitoral que irá acabar com o “negócio” que se tornou a questão dos direitos humanos na Argentina. Na mesma linha do novo líder, o diário argentino La Nación, o segundo maior do país, publicou nesta segunda-feira (23/11) um editorial com críticas à prisão de militares acusados de crimes durante a ditadura militar que durou entre 1976 e 1983.

“Por estarem muito velhos para estar presos”, a medida representa uma “vergonha nacional” e os novos tempos são propícios para “terminar com as mentiras sobre os anos 1970”, diz o La Nación, em uma referência contra o julgamento dos militares.

Efe (17/07/2012)

Jorge Videla, ex-presidente argentino, foi condenado a 50 anos de prisão em julho de 2012 e morreu na cadeia em maio de 2013

O chamado resgate da memória realizado pela Argentina nos últimos anos é apontado por organismos de direitos humanos em toda a América Latina como importante para impedir que se repitam os fatos que resultaram no desaparecimento forçado e na morte de mais de 30 mil pessoas.

O texto se inicia com declarações da senadora Norma Morandini, do partido Frente Cívico da Província de Córdoba, cujos irmãos foram jogados ao mar durante a ditadura e ela teve que deixar o país por causa da perseguição: “a senadora escreveu dias atrás nessas páginas que a questão dos direitos humanos não pode ser defendida com mentiras. Também não pode ser defendida com as novas violações de direitos humanos que estão ocorrendo no país”, afirma o jornal em referência à situação dos militares.

O editorial segue afirmando que “a cultura da vingança tem sido defendida pelos meios de difusão do Estado e nas escolas habituadas a seguir as pautas históricas nada confiáveis do kirchnerismo. Ou seja, a mentira à qual se referiu Morandi”.
 

“Há duas questões urgentes para resolver”, segue o texto. “Uma é o vergonhoso padecimento dos condenados, processados e inclusive suspeitos de crimes cometidos durante os anos da repressão subversiva e que se encontram nas prisões apesar da avançada idade. São mais de 300 os detidos por alguma daquelas razões que morreram na prisão, e isso constitui uma verdadeira vergonha nacional”, diz o jornal.

A segunda questão, aponta o jornal, é que “continuaram os atos de perseguição contra magistrados judiciais em atividade ou aposentados” por estarem supostamente vinculados a crimes de lesa humanidade.

Resposta ao La Nación

Em resposta ao editorial, Morandini disse, em entrevista ao uruguaio Portal Montevideo nesta segunda, que se trata de um “editorial totalmente inoportuno” e ressaltou que “não tem nada a ver com o que disse o La Nación”.

Ela afirmou que as falas utilizadas pelo jornal foram tiradas do contexto. “Me incomoda ser colocada nesse lugar. Eu não acredito na teoria dos dois demônios. Creio que existe um só demônio que é a violência política. Não defendo o fim dos julgamentos [dos militares]. A menos de dez dias escutei o que ocorreu com meus irmãos Néstor e Cristina, presos e jogados ao mar”.

Vários jornalistas que trabalham no La Nación vieram a público repudiar o editorial. "Trabalho no La Nación e não compartilho do editorial de hoje. Não sou o único jornalista na redação que pensa assim", escreveu em seu perfil no Twitter Ricardo Sametband, que escreve sobre tecnologia no jornal. Patricio Insua, que escreve sobre esporte, também se manifestou: "Trabalho no diário La Nación. O editorial de hoje é grave a partir de qualquer ponto de vista; um atentado à democracia e ao país".

Mauricio Macri, durante a entrevista coletiva realizada nesta segunda após sua vitória nas eleições, afirmou que as investigações e os julgamentos de ex-agentes de Estado atuantes durante a ditadura militar prosseguirão em seu governo.

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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