Poucas horas após Maurício Macri visitar em Brasília a presidente brasileira, Dilma Rousseff, o presidente eleito da Argentina almoçou nesta sexta-feira (04/12) com Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O encontro aconteceu na sede do órgão, na Avenida Paulista, e teve a presença de 145 empresários brasileiros, segundo a Fiesp.
Agência Efe
Mauricio Macri, presidente eleito argentino, em entrevista coletiva à imprensa em Brasília nesta sexta-feira (04/12)
A vinda de Macri representa uma tentativa da futura administração argentina de atrair investimentos estrangeiros, principalmente o interesse de empresários brasileiros, com quem Buenos Aires tem relações comerciais estreitas. No encontro, ele pediu pelo término das travas comerciais entre os dois países.
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Figura do neoliberalismo argentino, Macri venceu no dia 22 de novembro o candidato apoiado por Cristina Kirchner, Daniel Scioli, colocando fim a 12 anos de kircherismo em um segundo turno inédito na história do país. Ele tomará posse na próxima quinta-feira (10/12) à frente da Casa Rosada.
Encontro no Planalto
Em sua primeira viagem oficial ao exterior, Macri esteve acompanhado de seu chefe de gabinete, Marcos Peña, e da futura ministra das Relações Exteriores, Susana Malcorra.
No Palácio do Planalto, Dilma os recebeu com o chanceler, Mauro Vieira, e o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Everton Vargas. O encontro ocorreu em tom cordial e Macri reiterou que “confia nas instituições do país e na democracia brasileira”.
A visita de Maurício Macri ao país já havia sido antecipada por ele mesmo em sua primeira coletiva de imprensa depois de ser confirmado como novo chefe de estado da Argentina. Na ocasião, ele dissera que Brasília é “o principal sócio do futuro” da Argentina.
Nova diplomacia argentina
Entre suas próximas medidas, o novo presidente argentino já havia anunciado que irá invocar a cláusula democrática contra Venezuela na próxima Cúpula do Mercosul – prevista para o dia 21 de dezembro em Assunção (Paraguai) — e que proporá ao Congresso a invalidação do memorando de entendimento com o Irã.
Dilma já havia felicitado Macri por sua vitória e o convidou para “trabalharem juntos” em favor de uma relação mais próxima, tanto entre os dois países como no Mercosul. Contudo, nesta semana, ela destacou que a cláusula democrática do bloco “não pode ser usada com base em hipóteses”, que é preciso “haver fatos concretos” no caso venezuelano.