Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Oposição venezuelana vai às ruas para celebrar vitória que garante maioria no Congresso

Encaminhar Enviar por e-mail

Com fogos de artifício, oposicionistas comemoram o que parecia ser impossível: possuir mais da metade dos deputados na Assembleia Nacional

Marina Terra

2015-12-07T13:15:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Atualizada às 12h20

Soam fogos de artifício no bairro de 23 de Janeiro, localizado no oeste de Caracas e um dos principais bastiões do chavismo. Aqui é onde Hugo Chávez votava e um dos centros políticos mais efervescentes do país. Mas, ao contrário das outras 19 eleições ganhas pela Revolução Bolivariana, dessa vez a vitória não é roja, rojita. A oposição agora é quem comanda a Assembleia Nacional venezuelana e seus apoiadores no 23, e no resto do país, celebram o que parecia ser impossível.

Análise de Breno Altman: Por que o chavismo perdeu?

EFE

Oposição foi para as ruas da capital, Caracas


A partir de 5 de janeiro de 2016, a casa legislativa venezuelana será completamente diferente. Hoje, a bancada chavista reúne 100 deputados, conquistados nas eleições de setembro de 2010 — as primeiras parlamentares das quais a oposição participou desde a nova Constituição. Agora, pelo menos 99 deputados legislarão pela MUD (Mesa da Unidade Democrática, coalizão de partidos opositores) e 46 pelo Grande Polo Patriótico, liderado pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).

Até o momento, a oposição venezuelana tem maioria simples, ou seja, possui mais da metade dos deputados. E pode impulsionar e aprovar diversas iniciativas políticas, como emendas à Constituição e o orçamento anual, assim como aprovar ou não a saída do presidente para viagens internacionais. Também, investigações sobre denúncias de corrupção.

Caso ultrapasse a barreira de 100 deputados, a MUD terá uma das modalidades de maioria qualificada, que decide a aprovação de Lei Habilitante para o presidente, além de poder emitir um voto de censura ao vice-presidente e aos ministros. Se conseguir mais de 111 deputados, pode convocar uma Constituinte.

Chavismo

“A pior coisa que poderia ter acontecido conosco, a morte de Chávez, já aconteceu”, diz um dos que recebem a notícia da vitória opositora em uma casa no 23 de Janeiro. “Superamos desafios maiores nessa revolução e dessa vez não será diferente”, complementa.

EFE

Grupo de personas celebram a vitória da coalizão opositora Mesa de Unidad Democrática (MUD) em Caracas

A análise do atual momento se faz urgente para os chavistas, apesar do impacto do golpe ainda estar fresco. Guerra econômica, inflação, violência e outros motivos são levantados nas conversas. Em sua primeira fala após o anúncio dos resultados, o presidente Nicolás Maduro admitiu que o momento se trata de uma “bofetada” no chavismo.

Simpatizantes da MUD erguem bandeiras/ Crédito: Agência EfeE dessa forma foi sentida por aqueles que apoiam esse processo. "Nós viemos com nossa moral e com nossa ética a reconhecer estes resultados adversos, a reconhecê-los e a dizer à nossa Venezuela que triunfou nossa Constituição e democracia", afirmou.

Oposição

Os seguidores da MUD, por sua vez, celebravam o triunfo na noite deste domingo (06/12). Muitos fogos e celebração foram vistos nas ruas do leste de Caracas, conhecido por reunir o grosso do voto opositor. Localidades como Altamira e Chacao foram palco de comemoração.

"Começou a mudança Venezuela, hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje", disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, após o anúncio da vitória. “Sempre dissemos que esse era o caminho”, afirmou Henrique Capriles, derrotado duas vezes pelo chavismo nas presidenciais.

A Venezuela governada pelo chavismo amanhece com a notícia de que terá um Legislativo dominado pela oposição, um cenário que poucos imaginavam ver. As próximas semanas devem ser decisivas para entender como essa nova configuração afetará os rumos da chamada Revolução Bolivariana.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

Encaminhar Enviar por e-mail

Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados