Equador e Suécia assinaram na última sexta-feira (11/12) um acordo que autoriza o interrogatório do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada equatoriana em Londres, onde o australiano está exilado desde 2012. O interrogatório deve acontecer na próxima quinta (17/12).
“O acordo, sem dúvida alguma, é uma ferramenta que fortalece relações bilaterais e facilita, por exemplo, a execução de ações legais como o questionamento do Sr. Assange, isolado na embaixada equatoriana na Inglaterra”, dizia o comunicado do governo sul-americano. As negociações estavam em andamento desde junho deste ano.
Agência Efe
Julian Assange deverá ser interrogado pelas autoridades suecas na quinta-feira
“Ele também assegura a implementação e o reforço da legislação nacional e os princípios da lei internacional, particularmente aqueles relacionados aos direitos humanos, para o pleno exercício da soberania nacional em qualquer evento de assistência legal que pode ser requerido entre Equador e Suécia”, diz a nota.
Estocolmo vem tentando questionar Assange desde 2010, quando duas mulheres suecas o acusaram de abuso sexual. O ativista negou as acusações e se negou a ir à Suécia para ser interrogado, com receio de ser extraditado para os EUA, onde poderia ser condenado à prisão perpétua ou até mesmo à morte por vazar informações confidenciais do país.
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Em agosto, contudo, a promotoria sueca encerrou uma parte das acusações de assédio sexual contra Assange. A decisão foi tomada após o vencimento do prazo da apresentação de acusações formais. Os procuradores, porém, disseram que iriam prosseguir com as investigações a respeito de uma terceira denúncia de estupro cometido pelo australiano, cujo prazo vence daqui quatro anos e meio.
“Não havia necessidade de nada disso. Sou inocente. Nem tinham apresentado acusações. Desde o princípio ofereci soluções simples. Ir à embaixada para prestar declaração ou que me prometessem que não me enviariam aos Estados Unidos”, disse na ocasião o fundador do WikiLeaks.