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Política e Economia

Argentina: Macri volta atrás em nomeação por decreto de dois juízes para Corte Suprema

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'Dado o recesso durante janeiro, aparece como prudente realizar as incorporações em um momento de plana atividade judicial', disse o máximo tribunal

Redação

2015-12-17T13:52:00.000Z

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O presidente da Argentina, Maurício Macri, voltou atrás na nomeação por decreto de dois juízes para a Corte Suprema de Justiça. A designação havia sido criticada por muitas figuras públicas do país por ter sido uma decisão apressada e que não levou em conta o parecer do Senado.

Na noite de quarta-feira (16/12), o chefe de Estado se reuniu com o presidente da Corte (equivalente ao STF no Brasil), Ricardo Lorenzetti. Eles chegaram ao "consenso" que seria mais "prudente" aguardar o juramento com o Senado, informou a agência estatal argentina Télam nesta quinta-feira (17/12).

EFE

Mauricio Macri tomou posse na semana passada para chefiar a Casa Rosada


"Dado o recesso durante o mês de janeiro, aparece como prudente realizar as incorporações em um momento de plana atividade judicial", asseverou o máximo tribunal, por meio de um comunicado difundido nesta madrugada.

"Além disso, o presidente Macri e o titular da Corte coincidiram na necessidade de integrar com duas nominações em tempo oportuno — objetivo institucional para o qual colaborarão tanto o Poder Executivo da Nação, como a Corte Suprema de Justiça da Nação, em suas relações com o Honorável Senado da Nação", acrescenta a nota.

Na terça-feira (15/12), o Diário Oficial da Argentina havia confirmado as nomeações dos juízes Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz, por meio de um decreto de Mauricio Macri.

Das últimas vezes, o (a) então chefe de Estado indicou um nome ao Senado, que, após sabatiná-lo, precisou ser aprovado por dois terços dos parlamentares. A Corte Suprema do país é composta por cinco membros, entretanto, desde a última sexta-feira (11/12), o órgão funciona com três juízes em atividade.

Wikicommons

Palácio de Justiça da Nação, sede da Corte Suprema de Justiça, em Buenos Aires

Segundo a Presidência da Argentina, Macri havia se amparado em um artigo da Constituição, que afirma que uma das atribuições do chefe de Estado do país é "preencher os cargos vagos que requerem o acordo do Senado e que ocorram durante seu recesso, por meio de nomeações em comissão que expirarão ao fim da próxima legislatura".

O ex-candidato presidencial Sergio Massa, que tinha sido um dos mais críticos à nomeação por decreto por parte de Macri, felicitou a decisão do novo Executivo. Para o presidenciável, que ficou em terceiro lugar nas eleições em outubro deste ano, "reconhecer erros não é sinal de debilidade, mas de força para tomar decisões".

"Postergar o juramento destes juízes (Rosatti e Rosenkrantz) contribui para cuidar do prestígio de ambos candidatos. E também para cuidar do respeito às instituições", afirmou Massa em seu Twitter. "Espero que considerem a possibilidade de integrar, em algum momento, mulheres na Corte", acrescentou.

Postergar la jura de estos Jueces contribuye a cuidar el prestigio de ambos candidatos. Y también a cuidar el respeto por las instituciones.

— Sergio Massa (@SergioMassa) 17 dezembro 2015

Economia

Na terça, o ministro da Fazenda e Finanças da Argentina, Alfonso Prat-Gay, anunciou o fim do chamado "cepo cambial", uma série de restrições à compra de dólares estabelecidas pelo governo de Cristina Kirchner em 2011. Com a decisão, o peso argentino será desvalorizado, o que deve acabar com o mercado paralelo da moeda.

Atualmente, o dólar vale, no câmbio oficial, cerca de $ 9,70 (R$ 3,91) e, no paralelo — conhecido como “blue” —, aproximadamente $ 14,70 (R$ 5,93). Com o fim do cepo, a equipe econômica de Mauricio Macri trabalha com valores para o dólar entre $ 13 (R$ 5,13) e $ 14,50 (R$ 5,73), mas, nos primeiros dias, é possível que haja uma forte oscilação até que o mercado se ajuste.

Já foi determinado, no entanto, que o BCRA (Banco Central da República Argentina) irá intervir no mercado de câmbio caso o dólar ultrapasse a barreira dos $ 16 (R$ 6,45). Para tentar segurar a inflação — um dos efeitos diretos da desvalorização de uma moeda — o governo também subiu a taxa de juros para 38%, em uma medida para desestimular o consumo. 

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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