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Política e Economia

Argentina: Ministério Público pede investigação contra Macri por participação em offshores

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Procurador sugere que processo investigue se presidente argentino, citado nos 'Panama Papers', 'omitiu maliciosamente' participação em empresas offshore

Redação

2016-04-07T20:14:00.000Z

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O procurador federal da Argentina Federico Delgado aceitou nesta quinta-feira (07/04) uma denúncia contra o presidente do país, Mauricio Macri, por sua participação em duas sociedades offshore. Com isso, será aberta uma investigação contra o presidente.

O promotor propôs que Sebastián Casanello, juiz que tratará do caso, determine, como “primeiro passo” do processo, se Macri “omitiu maliciosamente” sua participação na empresa Fleg Trading, revelada pelos "Panama Papers", e Kagemusha, revelada pela investigação de um jornalista argentino. Será investigado ainda se as offshores desempenharam atividades ilegais.

EFE

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, não se posicionou publicamente nesta quinta-feira a respeito da denúncia das offshores

“São duas grandes investigações: a omissão de dados na declaração e se na atividade dessas empresas houve alguma irregularidade. E, depois, se o presidente participou dessa irregularidade”, declarou o procurador.

No documento, Delgado afirmou que os arquivos vazados no último domingo (03/04) por um consórcio internacional de jornalistas revelam “as múltiplas faces da fase financeira da relação social capitalista; em particular, o uso instrumental de sociedades para evadir impostos ou lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas”.

A denúncia foi apresentada pelo deputado Darío Norman Martínez, da coalizão kirchnerista FPV (Frente Para a Vitória), que levou à Justiça argentina os documentos que citavam Macri como diretor da Fleg Trading e da Kagemusha.

Até o momento, o presidente argentino não se posicionou sobre o caso. Sobre a revelação da empresa Fleg Trading, registrada pelo pai de Macri nas Bahamas em 1997 e em que o presidente argentino consta como diretor, o chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, afirmou que “não há nada a ocultar” sobre as participações de Macri.

“A empresa não registrou atividade, por isso não havia nada para declarar. É habitual que os empresários coloquem como diretores seus familiares por causa da confiança. Não comunicamos antes porque não havia nada para comunicar", disse Peña. De acordo com ele, a empresa teria servido para realizar um investimento no Brasil que acabou não ocorrendo e, portanto, deixou de operar em 2007.

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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