Flavia Costa, 32 anos, licenciada e bacharel em Educação Física, vive em Ufá
Sou a favor do impeachment porque é nítido que o governo não tem mais condições de se sustentar.
Não se pode sustentar um governo com tanta corrupção. Não digo que nos governos anteriores não havia, mas dessa forma descarada, que estamos vivendo atualmente, não. Minha esperança, e a de muitos brasileiros, é que não haja uma ruptura das instituições e que isso não gere uma guerra civil.
Essas pessoas que estão no governo chamam o processo de impeachment de golpe, quando na verdade todas as leis dizem que não é golpe. Até a mais alta corte do país, o STF, já afirmou isso.
É hora de mudanças em nosso país, de reivindicarmos um país melhor na educação, saúde, segurança, transporte e afins. E isso só acontecerá se tivermos políticos que façam isso acontecer, pois a mudança deve vir de cima. Todos os políticos, independentemente de partido (que para mim também nem deveriam existir), têm que ter a consciência de que se entraram lá e não atendem à expectativa da população, serão os próximos a serem substituídos.
Gustavo Pereira, 37 anos, gerente de operações de ticketing na MATCH Services, vive em Moscou
Eu sou liberal, então vejo o impeachment de Dilma em primeiro momento de forma positiva para o Brasil, em especial para a economia. Com o impeachment, sem duvida o dólar irá baixar, a inflação irá cair, novos empregos serão gerados e o crédito voltará a circular. Assim a economia voltará a respirar e o PIB subir.
Dilma está isolada e não se governa um país sem apoio e alianças. Ela perdeu qualquer capacidade de governar o Brasil por conta de problemas como pedaladas fiscais, seu partido afundado em corrupção e sobretudo a arrogância e soberba de seu governo.
Porém, me arrepia a ideia de ver o PMDB assumindo o Brasil. Me arrepia mais ainda saber que nossa esperança está nas mãos de pessoas como Aécio Neves (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM). Em um outro cenário de filme de horror, Marina Silva seria eleita presidente.
Então, por mais contraditório que pareça, o impeachment hoje é a solução mais imediata para acalmar o mercado e voltar a dar gás para o Brasil, porém é inegável que por conta da ausência de liderança e gente competente na oposição, esse movimento pode ser um erro.
Lucas Oliveira, 25 anos, estudante de Medicina, vive em Kursk
Sou a favor [do impeachment] pelo simples fato de que um país é uma empresa e o presidente é o líder máximo dessa empresa. Se ele falha em levar a empresa ao patamar evolutivo, ele tem que ser deposto.
Todo e qualquer setor da República, seja econômico, cultural ou social, está sucateado. Meus argumentos não são apenas econômicos. Eu sou contra o atual governo pela defasagem em todos os setores.
Sou bem novo, e na minha época de escola, fazíamos resumos de obras literárias toda semana. Existia uma responsabilidade com a educação profissional. Hoje, até os meios de comunicação exalam uma pobreza em linguística.
Sou a favor do impedimento da presidente Dilma, como também sou a favor da queda de Eduardo Cunha posteriormente.
Apoio o [deputado federal Jair] Bolsonaro (PSC-RJ), mas infelizmente não tenho tanta esperança de que Bolsonaro ganhe [eleições presidenciais].
O que suceder o PT numa possível queda vai ser ruim de qualquer jeito. Então, o único argumento que sobra é que, com a queda do PT, a gente se afasta de países com políticas vermelhas”.
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