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Política e Economia

O que pensam brasileiros que vivem no Reino Unido sobre o impeachment de Dilma?

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Rafael, em Londres, é contra pois impeachment seria 'imediatismo'; Fernanda, em Lincoln, é 'super a favor': 'golpe é o que estou sentindo no meu bolso'

Rachel Costa

2016-04-15T09:00:00.000Z

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O processo de impeachment que a presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara dos Deputados tem mobilizado brasileiros que moram no exterior contra e favor da destituição da mandatária.

No Reino Unido, a reportagem de Opera Mundi conversou com Rafael Maciel, que vive em Londres, e Fernanda Anderson, que vive em Lincoln, no interior da Inglaterra. Rafael diz não ter votado em Dilma, mas é contra o possível impedimento da presidente brasileira. "O impeachment seria apenas mais um imediatismo e, sinceramente, acho que este é justamente um dos problemas do Brasil: essa fome de resolver as coisas agora, sem se preocupar com o futuro", acredita o guia turístico.

Já Fernanda diz ser "super a favor" do impeachment da presidente do Brasil. "Eu fui expulsa do meu país por causa do governo Dilma", afirma a especialista em recursos humanos. Ela refuta a afirmação de que o possível impedimento seria um golpe da oposição. "Golpe é o que estou sentindo no meu bolso, enquanto estou lá pagando imposto de renda e vendo essas palhaçadas, essas pedaladas, esse rombo na Petrobras, tudo com o meu dinheiro e sem ver nenhum retorno pra mim."

Leia a seguir os depoimentos de Rafael e Fernanda, brasileiros que vivem no Reino Unido:

Rafael Maciel, 25 anos, blogueiro do Guri in London e guia turístico; vive em Londres desde 2014

Não sou a favor da Dilma, não votei e nem votaria nela. Tirá-la até pode soar bem, mas não acho que é a melhor solução para o Brasil no momento. A não ser, claro, que ela esteja realmente envolvida com casos de corrupção e que isso seja comprovado – o que não aconteceu. O impeachment seria apenas mais um imediatismo e, sinceramente, acho que este é justamente um dos problemas do Brasil: essa fome de resolver as coisas agora, sem se preocupar com o futuro.

Nas últimas eleições não voltei porque estava em Londres e, na penúltima, votei no Serra. Muitas vezes as pessoas não conseguem entender que eu sou contra a Dilma, mas sou contra o impeachment também. Tem muita gente que fala “ah, mas você não pode ficar em cima do muro”. Mas eu não estou em cima do muro!

Para mim, a saída é a reforma política. Vejo o sistema parlamentarista funcionar muito bem aqui no Reino Unido e acho que no Brasil ele poderia revolucionar a situação, desde que feita uma reforma. No Brasil tem partido demais. Um ano o PMDB está aliado ao PSDB, depois já está com o PT...

 

Fernanda Anderson, 46 anos, especialista em recursos humanos; vive em Lincoln, no interior da Inglaterra

Sou super a favor do impeachment. Não podemos deixar impune o que está acontecendo. O PT entrou no governo com uma proposta que era justamente a de combater a corrupção e está se mostrando um dos partidos mais corruptos que já apareceram - não que os outros partidos não o sejam. Sou a favor de novas eleições, e quem me dera se os nossos votos em branco pudessem valer.

Eu fui expulsa do meu país por causa do governo Dilma. Eu estava no Brasil faz quinze anos, até janeiro, e só saí porque não tinha mais condições de morar lá. Perdi meu emprego, todas as microempresas estavam fechando as portas… e a gente que tem um pouquinho mais de estudo acaba sendo um pouco mais afetado, porque a gente tem um padrão e não consegue mais mantê-lo. Acho engraçado ter gente falando que o impeachment é golpe. Golpe é o que estou sentindo no meu bolso, enquanto estou lá pagando imposto de renda e vendo essas palhaçadas, essas pedaladas, esse rombo na Petrobras, tudo com o meu dinheiro e sem ver nenhum retorno pra mim.

Acho que o PT já deu, o prazo dele já venceu. 

CLIQUE NOS PAÍSES EM AZUL, NO MAPA INTERATIVO, PARA VER AS OPINIÕES DE BRASILEIROS

 

Roberto Stuckert Filho / PR

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, em evento no Palácio do Planalto no dia 22 de março

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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