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Política e Economia

Argentina, África do Sul, Chile, EUA, França, Inglaterra e Rússia: o que pensam brasileiros no exterior sobre o impeachment de Dilma?

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A reportagem de Opera Mundi foi às ruas em sete países para ouvir opiniões de quem mora longe do Brasil sobre possível impedimento da presidente brasileira

Redação

2016-04-15T09:00:00.000Z

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O processo de impeachment que a presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara dos Deputados tem mobilizado brasileiros que moram no exterior contra e favor da destituição da mandatária. A reportagem de Opera Mundi foi às ruas em Buenos Aires (Argentina), Cidade do Cabo, Joanesburgo, Pretória (Africa do Sul), Washington, Nova York (Estados Unidos), Paris (França), Londres, Lincoln (Inglaterra), São Petersburgo, Moscou, Kursk, Ufá (Rússia), Santiago e Viña del Mar (Chile) para ouvir de quem mora longe do país as opiniões sobre o possível impedimento. 

A Câmara inicia nesta sexta-feira (15/04) o processo de votação, que deve ser concluído no domingo (17/04).

CLIQUE NOS PAÍSES EM AZUL, NO MAPA INTERATIVO, PARA VER AS OPINIÕES DE BRASILEIROS

ARGENTINA - ÁFRICA DO SUL - CHILE - ESTADOS UNIDOS - FRANÇA - REINO UNIDO - RÚSSIA

 

França

"Sou contra essa tentativa de impeachment, não porque não acho que temos problemas a serem resolvidos de maneira efetiva, muito pelo contrário, é por achar justamente que, para todo problema complexo, qualquer solução simples será falsa", diz Felipe Batista, 31 anos, engenheiro de software, engenheiro que mora em Paris.

O galerista Ricardo Fernandes, 47 anos, que mora na capital francesa, já é a favor do impeachment de Dilma. "Eu sou 100% a favor do impeachment. Não dá mais para perdermos tempo com isso. Nós precisamos agora de recuperar este ano inteiro que perdemos para que nós possamos, então, partir para uma outra perspectiva de vida no Brasil", diz.

Estados Unidos

O guia de turismo Antonio Moraes, 64, diz que o Brasil "sempre" esteve cercado pelo "fantasma da corrupção". "Agora, o ponto que eu não apoio o governo da Dilma e do Lula é que eles fazem apologia ao comunismo. Se eles querem continuar com essa ideia, eles deviam ir para Cuba ou para Rússia e deixar o Brasil em paz", afirma.

Já a estudante Paula Beatriz Mian, 25, afirma que os argumentos que baseiam o pedido de impedimento são "frágeis". "Se eu fosse congressista, por exemplo, votaria ‘não’; e, como cidadã com representante lá, pediria que meu representante votasse ‘não’".

Reino Unido

O blogueiro Rafael Maciel, de 25 anos, mora em Londres e se coloca contrário à destituição de Dilma. "O impeachment seria apenas mais um imediatismo e, sinceramente, acho que este é justamente um dos problemas do Brasil: essa fome de resolver as coisas agora, sem se preocupar com o futuro", opina.

Em posição contrária, Fernanda Anderson, 46, diz que foi "expulsa" do país "por causa do governo Dilma". ""Sou a favor de novas eleições, e quem me dera se os nossos votos em branco pudessem valer", afirma.

Chile

"Sou a favor do impeachment como forma de trazer uma tranquilidade institucional para que o país possa sair da crise política e voltar a ser governável", diz Sílvio Ramos, 41 anos, comerciante que mora em Santiago.

Por sua vez, o agente de turismo Alexandre Vieira, 25, que vive em Viña del Mar, se diz contra o processo. "Não chamarei de golpe a manobra da oposição, e sim de desrespeito às normas e valores da Constituição brasileira", diz.

Agência Efe

Dilma Rousseff enfrenta processo de impeachment no Parlamento; Câmara deve votar se aceita ou não pedido neste final de semana

Rússia

"O problema agora é: derrubar uma presidente eleita de forma direta pelo povo, usando meios de manipulação em massa. É isso que estão tentando fazer no Brasil", critica Diego Plácido Costa, 29, estudante de medicina na cidade russa de Kursk.

A bacharel em educação física Flavia Costa, 32, que vive em Ufá, é a favor do fim do governo. "É hora de mudanças em nosso país, de reivindicarmos um país melhor na educação, saúde, segurança, transporte e afins. E isso só acontecerá se tivermos políticos que façam isso acontecer, pois a mudança deve vir de cima", afirma.

África do Sul

"O PT ganha eleição com marketing. Aqui eu trabalho duro, mas consigo comprar um carro e pagar minhas contas. Mas, no Brasil, o PT distribui Bolsa Família porque o povo não gosta de trabalhar", diz a advogada Marília Martone, 55, moradora de Johannesburgo, que é a favor do impedimento.

Já o estudante Anderson Barroso de Oliveira, 27, é contra. "Acho importante a alternância de partidos no poder, mas Dilma foi eleita democraticamente, e a meu ver a história das pedaladas fiscais não justifica seu impeachment", diz o morador de Pretória.

Argentina

A diretora de coral Julia Cavalcante, 33, mora em Buenos Aires e diz que um eventual impeachment seria golpe. "Com a saída de Dilma e a chegada do Temer à presidência todos os processos [sobre corrupção] serão engavetados. É ingenuidade achar que mesmo a Lava Jato terá continuidade.”

A estudante de medicina Thais Câmara, 21, moradora da capital argentina, discorda e se diz a favor do impedimento. “Acho que, com o PT, já deu o que tinha que dar. É muita covardia com o povo brasileiro um  partido que se diz eleito pelo povo, que diz lutar pelo povo, se virar contra o próprio povo e começar a roubar".

Com reportagens de: Aline Gatto Boueri (Buenos Aires); Amanda Lourenço (Pretória); Anita Freitas (Nova York e Washington); Márcia Bechara (Paris); Rachel Costa (Londres); Sandro Fernandes (Moscou); e Victor Farinelli (Valparaíso).

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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