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Política e Economia

Para jornal colombiano, política brasileira se converteu em 'circo'

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Segundo El Espectador, processo de impeachment contra Dilma mostra que a política na América Latina é um “jogo de retórica que pretende ocultar a falta de argumentos”

Redação

2016-04-18T16:39:00.000Z

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Um "festival de agressões verbais" e "falta de argumentos". Assim o jornal colombiano El Espectador se referiu, nesta segunda-feira (18/04), à votação da Câmara dos Deputados que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no domingo (17/04).

Agência Efe

Segundo jornal colombiano, votação na Câmara dos Deputados no domingo se transformou em "um festival de agressões verbais" 

No artigo "Quando a política brasileira se converteu em um circo", a publicação comenta o fato de a maioria dos deputados justificarem seus votos em argumentos que não estavam diretamente relacionados às acusações contra o governo de Dilma . Em vez disso, evocaram aspectos religiosos, familiares e até contra o comunismo.

"'Por minha família, por meus filhos, por minha esposa, por minha neta, por meu pai, sempre presente em minha vida', por eles votavam os deputados”, diz o artigo.

Segundo o texto, a votação “se converteu logo em um festival de agressões verbais e em uma mostra de que a política na América Latina é, também, um jogo de retórica que pretende ocultar a falta de argumentos”.

Alguns deputados baseavam seus votos favoráveis ao impeachment em uma suposta “rede de corrupção” no governo de Dilma Rousseff. No entanto, “tanto os partidos de oposição, como o governista PT, estão implicados”, diz a publicação, que lembra que 60% dos membros da Câmara e do Senado são investigados por crimes eleitorais, de corrupção ou homicídio.

O processo de impeachment na Câmara exibiu, segundo El Espectador, um retrato de nacionalismo “rasteiro” e um espetáculo “vergonhoso”.

“A votação foi se tornando, pouco a pouco, em um retrato rupestre do nacionalismo mais rasteiro e do espetáculo mais vergonhoso. Já não era política: era uma peça de teatro”.

O artigo acrescenta que "as negociações, que começaram na sexta-feira [15/04], foram feitas nos bastidores, mas ainda assim os políticos dominavam a tribuna como se se tratasse do último discurso de sua existência: com os braços agitados, a gritos, com golpes no peito alimentados de chauvinismo e religião”.

“Cunha disse ao votar: ‘Que Deus tenha misericórdia dessa pátria. Voto sim’. Necessitarão misericórdia: o desastre se cria entre sua classe política”, diz o artigo.

Alemanha: show do impeachment

O jornal Tagesspiegel, de Berlim, chamou a votação deste domingo de "show do impeachment". "Foi a sessão mais longa que o Parlamento brasileiro já teve. Foi, ao mesmo, tempo, a mais assistida, seguida por milhões de brasileiros em locais públicos, em praças e em casa. E foi uma das mais curiosas: com uma votação como em um estádio de futebol, deputados cuspiram, traíram e mandaram cumprimentos à mamãe", afirma o periódico. 

“O voto do domingo é uma grande decepção para Rousseff, que, junto com seu mentor, o ex-presidente Lula da Silva, tentou até a última hora ganhar votos. Mas o vento havia se virado há algum tempo contra Rousseff: seu parceiro de coalizão mais importante [o PMDB] pulou fora. Além disso, o vice-presidente Michel Temer conspira abertamente contra ela”, diz.

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Coronavírus

França suspende todos os voos com Brasil para conter propagação da covid-19

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Governo francês teme disseminação da variante P.1, conhecida como cepa brasileira do novo coronavírus; medida é por tempo indeterminado

Redação

ANSA ANSA

São Paulo (Brasil)
2021-04-13T16:05:00.000Z

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O governo da França anunciou nesta terça-feira (13/04) a suspensão de todos os voos com origem ou destino no Brasil para evitar a disseminação de uma variante do novo coronavírus que teria surgido em Manaus.

A chamada P.1 já é predominante em muitas partes do país latino-americano e carrega mutações que tornam o Sars-CoV-2 mais transmissível. Estudos ainda estão em curso para determinar com clareza se a variante é mais letal ou resistente a vacinas que o vírus original.

"Observamos que a situação está piorando e, por isso, decidimos suspender todos os voos entre França e Brasil até segunda ordem", disse o primeiro-ministro francês, Jean Castex, em pronunciamento no Parlamento.

A variante P.1 ainda apresenta baixa circulação na França, país que enfrenta uma alta nos casos do novo coronavírus nas últimas semanas. O Brasil, por sua vez, enfrenta o pior momento da pandemia desde o fim de fevereiro e viu a média móvel de óbitos em sete dias bater recorde na última segunda-feira (12/04), com 3.124, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Estudos em andamento devem indicar se a variante é mais letal que o vírus original ou mais resistentes a vacinas

O país latino-americano contabiliza 354.617 mortos por covid-19, sem contar a subnotificação, atrás apenas dos Estados Unidos em números absolutos. Além disso, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Brasil tem a 15ª maior taxa de mortalidade no mundo (169 óbitos para cada 100 mil habitantes) e vem se aproximando rapidamente dos países à sua frente, como Peru, Estados Unidos, Itália e Reino Unido.

Já a França acumula 99.294 mortes, oitava maior cifra em índices absolutos e a 24ª em termos relativos (148/100 mil habitantes).

Saúde

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