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Política e Economia

'Por Deus, por meus netos, pela BR-429': 'Economist' lista razões de deputados para votar contra Dilma

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Revista britânica também avalia que possível governo Temer teria 'dificuldades' por resistência de parte significativa da população que se opõe a impeachment

Redação

2016-04-18T23:10:00.000Z

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A revista britânica The Economist publicou nesta segunda-feira (18/04) algumas das razões citadas por deputados para votar “sim” ao impeachment da presidente Dilma Rousseff na noite deste domingo (17/04).

A publicação ressaltou que a acusação contra a presidente brasileira, que diz respeito a uma suposta tentativa de maquiagem fiscal com o objetivo de fechar as contas do governo federal do ano de 2015, quase não foi citada pelos deputados que votaram pelo prosseguimento do processo de impedimento de Dilma Rousseff. Em vez disso, pulularam referências ao cristianismo, à família (esposas, maridos, filhos, netos, bisnetos e avós) e até ao juiz Sérgio Moro, que lidera a Operação Lava Jato, e à “República de Curitiba”.

Nilson Bastian / Câmara dos Deputados

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) vota a favor do prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Segundo levantamento do UOL, dos 367 deputados que votaram “sim” ao impeachment, somente 16 citaram as acusações de que Dilma é alvo. A jornalista e ativista Cecília Olliveira compilou em seu perfil no Facebook algumas das justificativas dadas pelos deputados para votar pelo impedimento da presidente, que foram depois traduzidas pela The Economist. Veja a seguir uma amostra das razões dos deputados para o “sim”:

“Pelo aniversário da minha neta”

“Pelos fundamentos do cristianismo”

"Pelos princípios que ensinei a minha filha"

"Pelo Bruno e o Felipe"

"Pelo meu neto Pedro"

"Pelos maçons do Brasil"

"Pelos produtores rurais, que se o produtor não plantar, não tem almoço nem janta"

"Proposta de que criança troque de sexo na escola (...) Pelo fim do ensino de sexo para crianças de 6 anos"

"Pelo fim da rentabilização de desocupados e vagabundos"

"Pela Família Quadrangular"

"Pelos idosos e pelas crianças"

"Pelo fim da Vagabundização remunerada"

"Pela Minha mãe nega Lucimar..."

"Pela renovação carismática"

"Pelos médicos brasileiros"

"Pelo fim da CUT e seus marginais"

"Pelo fim dos petroleiros, digo, do Petrolão"

"Pelos progressistas da minha família, Maria Vitória"

"Pela República de Curitiba"

"Em memória do meu pai"

"Por causa de Campo Grande, a morena mais linda do Brasil"

"Para me reencontrar com a história"

"Pelo estatuto do desarmamento"

"Pelo comunismo que assombra o país"

"Pela nação evangélica"

"Pelo povo destemido e pioneiro do estado de Rondônia"

"Pelo resgate da auto estima do povo brasileiro"

"Pela BR-429"

"Pela minha esposa, pelo meu filho e minha filha"

"Por Daiane, Mateus e Adriane"

"Por todos os corretores de seguro"

"Pela minha filha Manoela que vai nascer"

"Pela minha mãe que está em casa com os seus 93 anos"

"Pelo meu neto e bisneto"

"Em homenagem ao aniversário da minha cidade"

"Pela minha mãezinha"

"Pela paz de Jerusalém”

"Para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso"

“Possível governo Temer teria dificuldades”, diz Economist

A The Economist publicou também nesta segunda-feira (18/04) uma análise do que seria um possível governo liderado pelo atual vice-presidente, Michel Temer, caso o Senado brasileiro vote pelo impedimento de Dilma Rousseff.

Para a publicação, caso Temer chegue ao poder, ele teria dificuldades em realizar as reformas em prol de investidores e do mercado financeiro que já sinalizou em novembro passado pela resistência externa “ao problema de imagem do PMDB”, já que muitos membros do partido estão envolvidos em casos de corrupção, inclusive os que envolvem a Petrobras e estão sendo investigados pela Operação Lava Jato.

A Economist também ressaltou a resistência popular a um possível governo Temer, formada por parte significativa da população que se posiciona nas redes e nas ruas contra o processo de impeachment contra a presidente brasileira. “As multidões antigoverno podem se dispersar”, diz a revista britânica, mas “é pouco provável que aqueles que consideram o impedimento de Dilma Rousseff um golpe antidemocrático desapareçam em silêncio”.

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Direitos Humanos

Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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