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Política e Economia

Dilma vai a reunião da ONU no Estados Unidos e deve denunciar 'golpe de Estado' no Brasil

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Presidente participará de evento da ONU para assinatura de acordo sobre mudanças climáticas; durante ausência, Michel Temer assume interinamente

Redação

2016-04-20T17:01:00.000Z

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A presidente brasileira, Dilma Rousseff, viajará aos Estados Unidos nesta quinta-feira (21/04) para participar de uma cerimônia da ONU, onde deverá denunciar o "golpe" do qual está sendo vítima, como se refere a presidente sobre seu processo de impeachment.

Dilma participará em Nova York da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, que envolve metas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa por parte dos países signatários. Assessores da Presidência informaram à agência de notícias Reuters que, durante seu discurso na sede da ONU, a presidente deverá falar sobre seu processo de impeachment, ao qual se refere como um "golpe" contra um governo democrático e legítimo.

Roberto Stuckert Filho/PR

Em entrevista coletiva na terça-feira (19/04), Dilma disse a jornalistas que está sendo vítima de uma “flagrante injustiça” e de um “golpe”.

Segundo informações de agências de notícias, ela ficará hospedada na residência oficial do embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, que foi ministro das Relações Exteriores no primeiro mandato de Dilma.
 

A previsão é de que Dilma retorne ao Brasil na sexta-feira (22/04). Em seu lugar, assumirá o vice Michel Temer.

No domingo (17/04), a oposição brasileira alcançou os 342 votos necessários para encaminhar o processo contra Dilma ao Senado, que analisa o pedido de impeachment.

Entrevista coletiva

Em entrevista coletiva na terça-feira (19/04), a presidente disse a jornalistas da imprensa estrangeira que está sendo vítima de uma “flagrante injustiça” e de um “golpe”.

"Estou sendo vítima de um processo simultaneamente baseado numa flagrante injustiça, numa fraude jurídica e política que é a acusação do crime de responsabilidade sem base legal, sem crime e, ao mesmo tempo, de um golpe", afirmou Dilma durante o encontro no Palácio do Planalto.

A mandatária declarou que há um "veio golpista adormecido" no país, lembrando que todos os presidentes enfrentaram processos de impeachment no Congresso Nacional.

“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu país, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”, disse.

Dilma também classificou como "terrível" a menção ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra feita pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment domingo (17/04) na Câmara dos Deputados.

"É terrível ver alguém votando em homenagem ao maior torturador que o Brasil já conheceu”, disse.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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