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Política e Economia

'Sistema político brasileiro não está à altura do país', afirma ex-presidente uruguaio José 'Pepe' Mujica

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Em entrevista à revista Búsqueda, Mujica disse que considerou 'fato trágico' que maioria dos deputados tenha aprovado "com alegria" impeachment de Dilma

Redação

2016-04-21T14:13:00.000Z

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O senador e ex-presidente do Uruguai José 'Pepe' Mujica afirmou que “o sistema político brasileiro não está à altura do país", em entrevista publicada nesta quinta-feira (21/04) no site da revista uruguaia Búsqueda.

Efe/arquivo

Para Pepe Mujica, é “um fato trágico” que a maioria dos parlamentares tenham votado "com alegria" a favor da destituição de Dilma

À publicação semanal, Mujica disse sentir-se “muito preocupado” com o que ocorre no Brasil, onde a Câmara dos Deputados aprovou, no domingo (17/04), um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Mujica contou ter acompanhado de perto a votação e considerou “um fato trágico” que a maioria dos parlamentares tenham votado "com alegria" a favor da destituição de Dilma.

Para ele, o sistema político do Brasil não está “à altura” do país ao qual tenta representar.

“Falo de um sistema político que não está á altura do país que tenta representar. Há um fanatismo, uma cegueira, que não condizem com esse discurso que o vice-presidente [Michel Temer] já preparou e em que pede um acordo nacional. Que tipo de acordo nacional vão encontrar com esse caminho?”, questionou.

De acordo com o ex-presidente, o processo de votação no Congresso “do ponto de vista estritamente legal pode parecer correto, o problema é que passam por cima de uma decisão que a população tomou em seu momento”.

Além disso, disse que Dilma tem sido “bode expiatório” em meio à crise brasileira.


“Boa parcelas das classes médias nunca veem as contradições que o capitalismo tem, que opera com ciclos de baixa e necessita de bodes expiatórios. Agora estão agarrados no bode expiatório de uma presidente. Em outros tempos eram os judeus ou comunistas, mas esse filme já vimos muitas vezes”, disse.

Mujica afirmou também que, se fosse investidor, evitaria o país. “Hoje não sou investidor e nunca serei, mas pensaria quatro vezes antes de investir no Brasil com o que pode vir”.

Segundo ele, “há corrupção em todos os partidos políticos do Brasil”, o que tem causado “desmoralização junto ao povo”. O risco, disse, é que o atual momento conduza a uma “descrença” em relação à política.

“O que pode ocorrer é que muita gente desacredite na política e não acredite em nada, e uma sociedade que não acredita em nada termina mal”, declarou.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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