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Política e Economia

'Brasil cometerá suicídio político' se Senado aprovar impeachment, diz historiadora francesa

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Para Juliette Dumont, pesquisadora da universidade Sorbonne Nouvelle, aprovação do processo contra Dilma fragilizará e prejudicará país no cenário internacional

Redação

2016-05-05T12:45:00.000Z

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A historiadora Juliette Dumont, do Iheal (Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina) da universidade francesa Sorbonne Nouvelle, afirmou nesta quarta-feira (04/05) que o Brasil cometerá “suicídio político” se o Senado aprovar, na próxima semana, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Agência Efe

Pesquisadora afirmou que votação do pedido de impeachment no dia 17 de abril  "deu uma imagem patética" da Câmara dos Deputados

De acordo com a pesquisadora, que é especialista em Relações Internacionais, o possível afastamento da presidente "vai fragilizar o Brasil e prejudicar, durante muitos anos, a credibilidade do país no cenário internacional".

"Eu acho que o Brasil vai levar muitos anos para corrigir os danos que foram feitos ao país no exterior, a começar na própria América Latina”, afirmou Juliette ao participar de um debate em Paris promovido pelo MD18 (Movimento Democrático 18 Março), grupo de estudantes brasileiros e europeus que têm se articulado contra o impeachment de Dilma.

Ela afirmou também que a votação do pedido de afastamento de Dilma no dia 17 de abril na Câmara dos Deputados "deu uma imagem patética" da Casa e espera que o cenário não se repita na próxima quarta-feira (11/04), durante votação final no Senado. "Espero que o voto no Senado não seja a farsa que foi o voto na Câmara", declarou.

Segundo Juliette, o cenário atual indica que "as forças conservadoras ainda estão muito presentes e existe um movimento importante contra o que o Partido dos Trabalhadores [PT] representa".

Dentre as consequências da crise política brasileira no âmbito internacional, de acordo com a historiadora, estará a dificuldade para o país conquistar uma cadeira de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU.

"Demorou muitos anos, mas, enfim, o país tinha conseguido o apoio dos vizinhos latino-americanos, o que era uma grande novidade", disse a pesquisadora. "Como o Brasil terá força para continuar a defender seus interesses nos fóruns internacionais ou na Organização Mundial do Comércio [OMC] se a democracia está em risco?", questionou.

"O Brasil voltou a ser aquele país que não é sério e se leva tempo para combater esses estereótipos em política internacional", acrescentou.

Cerca de 50 pessoas participaram do debate mediado por Juliette, que contou com a presença de pesquisadores, jornalistas e estudantes. 

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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