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Política e Economia

Impeachment de Dilma Rousseff é 'negação da democracia', diz jornal francês Libération

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Para o periódico, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é 'estrategista maquiavélico' cujo afastamento não terá impacto sobre processo contra presidente brasileira

Redação

2016-05-07T15:40:00.000Z

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Em artigo publicado nesta sexta-feira (06/05), o jornal francês Libération classificou o processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, como “negação da democracia”.

O texto, escrito pelo jornalista François-Xavier Gomes, comenta o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, descrevendo o parlamentar como um “estrategista maquiavélico” e “carrasco de Dilma”.

“Infelizmente, o afastamento de Eduardo Cunha não significa o pontapé inicial de uma grande limpeza no sistema político brasileiro. Em primeiro lugar, o seu substituto na liderança da Câmara dos Deputados é um dos seus fieis escudeiros. Em segundo lugar, esta decisão não terá nenhum efeito sobre uma destituição [de Dilma Rousseff] que é uma negação da democracia”, escreve o jornalista.

Antônio Cruz / Agência Brasil

O vice-presidente brasileiro, Michel Temer, e o deputado Eduardo Cunha, ambos do PMDB, em foto de novembro de 2015

Segundo o Libération, Cunha “ofereceu a cabeça da presidente” com o pretexto das pedaladas fiscais para preservar sua própria, “uma vez que suas manobras atrasaram o trabalho da Justiça sobre seus próprios supostos desvios de verbas. Ele teria escondido na Suíça pelo menos 5 milhões de dólares dos fundos desviados de empresa petrolífera estatal Petrobras”, lembra o jornal.

O periódico afirma que “tudo indica que o Senado irá se alinhar com o parecer dos deputados”, aprovando o processo de impeachment na próxima quarta-feira (11/05), e “a herdeira de Lula só terá de arrumar as malas e dar sua cadeira para o vice-presidente, Michel Temer, que também está sob investigações da Justiça”.

O Libération lembra que Cunha, membro do mesmo partido de Temer, o PMDB, “tem um perfil evangélico e ultraconservador” e que “de acordo com pesquisas, 90% dos brasileiros têm uma má imagem” do deputado, “uma vez que ele encarna a corrupção e o nepotismo”.

O periódico francês, porém, afirma que pessoas como ele desempenham “um papel fundamental no jogo de alianças, essenciais para a formação de qualquer governo no Brasil”. O PMDB, continua o Libération, se aliou ao PT em troca de ministérios, “atraído pela perspectiva de alcançar o poder sem passar pelas urnas”.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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