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Política e Economia

Filhos de dona do Clarín fazem exame para comparar com DNA de desaparecidos

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Filhos de dona do Clarín fazem exame para comparar com DNA de desaparecidos

Daniella Cambauva

2010-06-06T13:42:00.000Z

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Após quase nove anos de disputa judicial, os filhos adotivos de Ernestina Herrera de Noble, a principal acionista do Grupo Clarín, farão exame de DNA amanhã para averiguar se foram adotados ilegamente.

A verdadeira identidade de Felipe e Marcela Herrera Noble é questionada por algumas organizações defensoras de direitos humanos na Argentina, principalmente a Associação das Avós da Praça de Maio, que afirmarm que os dois são filhos de desaparecidos da última ditadura militar na Argentina (1976-1983).

DyN

Marcela e Felipe Herrera Noble

Durante a ditadura, muitos filhos de prisioneiros políticos foram sequestrados e entregues clandestinamente a militares ou a simpatizantes do regime. Estima-se que 500 crianças tenham sido separadas dos pais na Argentina na época. Se for comprovado que Felipe e Marcela foram sequestrados, Ernestina Herrera de Noble pode ser presa.

Segundo o jornalista argentino Horacio Verbitsky, criador do diário Página 12 e uma das principais figuras da luta pelos direitos humanos no país, o resultado pode ficar pronto entre 20 e 45 dias.

Com a última decisão da Suprema Corte de Justiça, Felipe e Marcela serão obrigados a comparar as amostrar de DNA com as demais armazenadas no Banco Nacional de Dados Genéticos.

Desde 2001, quando começaram as acusações, eles se recusam a fazer o exame. A questão deixou de ser opcional em novembro de 2009, quando o congresso argentino aprovou uma lei de exame compulsório de DNA. A mudança na legislação tornou inviável a postura dos filhos.

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Desde então, a Justiça argentina já determinou que os dois fizessem o exame duas vezes, mas eles recorreram em todas.

Documentos ilegais

Mesmo sem a realização de exames, em dezembro de 2002, o juiz Federal Roberto Marquevich ordenou a prisão de Ernestina por conta de irregularidades encontradas nos documentos de adoção.

Segundo os documentos da época, em 13 de maio de 1976, Ernestina se apresentou diante da Justiça em San Isidro, com um bebê a que chamou de Marcela. Disse que a havia encontrado onze dias antes em uma caixa abandonada na porta de sua casa. Ela ofereceu como testemunhas uma vizinha e o caseiro da vizinha, cujos depoimentos foram desmentidos em 2001.

No caso do Felipe, ela declarou que foi entregue em 7 de julho de 1976, pela suposta mãe, Carmen Luisa Delta, que não podia ficar com o bebê. No mesmo dia, sem dispor de provas determinando as circunstâncias do nascimento, uma juíza concedeu a segunda guarda a Ernestina. A Justiça descobriu, anos depois, que Carmen nunca existiu.

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Guerra na Ucrânia

União Europeia terá plano emergencial de fornecimento de gás em julho

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Representante anunciou nesta quarta-feira (06/07) que a União Europeia terá plano emergencial para lidar com problemas no fornecimento de gás dentro de duas semanas

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-06T14:45:00.000Z

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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou nesta quarta-feira (06/07) que a União Europeia terá um plano emergencial para lidar com problemas no fornecimento de gás russo dentro de duas semanas.

"É importante ter uma abordagem coordenada baseada em dois pontos: verificar onde há mais necessidade de gás e como fazer com que esse gás vá para essas áreas. Estamos preparando esse plano porque não queremos que, em caso de emergência, haja 27 diferentes intervenções em nível nacional, como aconteceu no início da covid", pontuou a líder do Executivo ao Parlamento Europeu.

Von der Leyen afirmou que é preferível que cada Estado-membro da União Europeia tenha seu próprio plano interno, "mas se reduzirmos a demanda de energia em alguns setores da economia, isso deve ocorrer sem obstáculos no mercado interno".

A presidente da comissão ainda acrescentou que "o gás e o petróleo devem ser distribuídos onde houver mais necessidade", e alertou que os países-membros devem estar "preparados" para novos cortes no fornecimento dos combustíveis fósseis russos, como vem ocorrendo nas últimas semanas por conta das sanções contra a o país, devido a guerra na Ucrânia.

"Precisamos nos preparar para novas interrupções do fornecimento de gás, até mesmo uma interrupção completa do fornecimento por parte da Rússia. Hoje, ao todo, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais no fornecimento de gás. É evidente que [Vladimir] Putin está usando a energia como arma. Por isso, a Comissão está elaborando o plano de emergência europeu", disse Von der Leyen.

Flickr
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se manifestou sobre o possível corte do fornecimento de gás russo para a Europa

A presidente da comissão também apontou que todas os países europeus já estão "diversificando as fontes" de fornecimento de energia, usando outros parceiros e "se afastando da Rússia":

"Desde março, as exportações globais de GNL para a Europa aumentaram 75% em relação a 2021. Ao mesmo tempo, a importação média mensal de gás russo teve uma forte queda de 33% na comparação com o ano passado. E estamos fazendo mais progressos, mas isso tudo funcionará só se acelerarmos a nossa transição para os renováveis. As mudanças climáticas não vão esperar o fim da guerra de Putin", acrescentou a presidente da Comissão Europeia.

A representante ainda negou especulações de que, por conta do conflito e de questões de segurança, seria necessário "atrasar a transição verde" para focar na segurança do bloco:

"É exatamente o contrário. Se não fizermos nada além de limitar combustíveis fósseis, os preços vão explodir no futuro e vão reforçar Putin. A melhor saída, mais limpa e mais segura da nossa dependência são as energias renováveis", disse.

(*) Com Ansa.

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