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Política e Economia

'Democracia brasileira sofrerá duro revés com posse de inelegível e corrupto neoliberal', diz Glenn Greenwald

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Segundo jornalista, plutocratas ignoraram democracia; diz ser 'triste e assustador' constatar como 'jovem democracia' pode ser 'facilmente revertida'

Redação

2016-05-11T19:56:00.000Z

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Glenn Greenwald, jornalista norte-americano criador do site de jornalismo investigativo The Intercept, voltou a criticar o processo de impeachment contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a possível posse de seu vice-presidente, Michel Temer, em artigo intitulado “A democracia brasileira sofrerá um duro revés com a posse de um inelegível e corrupto neoliberal”.

No texto, Greenwald argumenta que o impeachment é a forma que a elite brasileira encontrou de chegar ao poder, visto que não conseguiu fazê-lo nas últimas eleições presidenciais, que elegeram quatro mandatos consecutivos do PT.

Agência Efe

Glenn Greenwald critica processo de impeachment no Brasil

“Então, se você é um plutocrata dono dos maiores e mais influentes meios de comunicação, o que você faz? Você ignora a democracia por completo — afinal, ela segue empoderando candidatos e políticas que o desagradam — explorando seus meios para incitar distúrbios e depois implantar um candidato que jamais seria eleito por conta própria, mas que seguirá fielmente sua agenda política e ideologia”, escreveu o jornalista.

Ele acredita também que o Senado votará pela admissibilidade do processo de impeachment nesta quarta, resultando no afastamento de 180 dias de Dilma. Greenwald ressalta que Michel Temer, atual vice-presidente e, possivelmente, futuro mandatário do Brasil, está “submerso em corrupção” e é “profundamente impopular”, “mas servirá fielmente aos interesses dos ricos do Brasil”.

O norte-americano afirma, contudo, que seu artigo não pretende defender o PT. Segundo ele, Dilma “falhou como presidente” e seu partido também se alinhou e serviu às elites brasileiras muitas vezes.

“Mas a solução para isso é vencê-los [candidatos petistas] nas urnas, não simplesmente removê-los e colocar em seu lugar alguém mais conveniente aos interesses dos ricos. Apesar dos danos que o PT está causando ao país, os plutocratas e seus jornalistas-propagandistas e a corja de bandidos em Brasília que arquitetam essa farsa são muito mais nocivos. Eles estão literalmente destruindo a democracia do quinto maios país do mundo”, alertou.

Para ele, entretanto, “a maior fraude é o fato de que as elites e a mídia estão justificando tudo em nome da ‘corrupção’ e da ‘democracia’”.

“Como alguém com um mínimo de razão pode acreditar que se trata de ‘corrupção’ quando estão prestes a instalar na presidência alguém muito mais implicado em problemas de corrupção que a pessoa que está sendo removida?”, questionou.

Greenwald diz considerar “espantoso e irritante” assistir ao desenrolar dos acontecimentos na política brasileira. Ele também afirma ser “triste e assustador” constatar como uma “jovem e vibrante democracia” pode ser “rápida e facilmente revertida — eliminando todos seus valores”.

“[A situação no Brasil] É também uma lição para todos que, em países do mundo todo, ingenuamente presumem que as coisas continuarão como estão e que a estabilidade e o progresso estão garantidos”, concluiu.

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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