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Política e Economia

'Vamos mostrar ao mundo que há milhões defendendo a democracia no Brasil', diz Dilma

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'Aos brasileiros que se opõem ao golpe, faço um chamado para que se mantenham mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar', afirmou a mandatária

Vanessa Martina Silva

2016-05-12T15:44:00.000Z

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Em discurso proferido nesta quinta-feira (12/05), após receber a notificação de que terá que se afastar do mandato de presidente da República devido à votação no Senado que determinou a abertura do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff conclamou a militância que a apoia a se manter mobilizada e ressaltou que “a vitória [contra o impeachment] depende de todos nós mostrarmos ao mundo que há milhões de defensores da democracia em nosso país”. O discurso também foi gravado e distribuído nas redes sociais. 

Jornalistas Livres

Dilma Rousseff fez uma fala improvisada diante das milhares de pessoas que se reuniram diante do prédio para saudá-la nesta quinta

Após o discurso em tom mais formal realizado no Palácio do Planalto, Dilma fez uma fala improvisada diante das milhares de pessoas que se reuniram diante do prédio para saudá-la. Distribuindo e recebendo flores, a mandatária abraçou, cumprimentou e conversou durante vários minutos com os manifestantes, em cena emblemática na qual saiu nos braços do povo.

Todo o pronunciamento se centrou na denúncia de que não se trata de um processo legítimo, uma vez que não é centrado em crimes ou delitos, mas em um processo político comandando por grupos que perderam a votação nas eleições de 2014. Nesse sentido, prometeu resistir e lutar até o fim para que no final do prazo máximo de 180 dias de sua suspensão – quando deve ocorrer o julgamento de fato sobre os atos constantes no processo – ela possa voltar à Presidência.

“O que está em jogo não é o meu mandato. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade do povo e à Constituição. O que está em jogo são as conquistas obtidas nos últimos 13 anos. O ganho das pessoas mais pobres, da classe média, dos jovens chegando à universidade, médicos atendendo a população e a valorização do salário mínimo”, ressaltou.

Em sinalização aos movimentos sociais, Dilma destacou que em seu mandato nunca mandou reprimir manifestações, mesmo as que eram contra ela. E observou que um governo não legítimo, que chega ao poder sem ser pela vontade popular, “pode ter a tentação de reprimir protestos”.

Reprodução/Facebook Dilma Rousseff

Senado aprovou admissibilidade de impeachment por 55 votos a 22

Ela também aproveitou o momento para esclarecer os atos pelos quais ela está sendo acusada e pelos quais poderá perder o mandato e foi taxativa: “quando uma presidente é cassada sob a acusação de um crime que não cometeu, o nome disso não é impeachment, é golpe”.

E, em tom muito emocionado, ressaltou que a injustiça “é a maior das brutalidades contra qualquer ser humano. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. A injustiça é um mal irreparável. Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes”.

“Jamais em uma democracia o mandato de um presidente pode ser interrompido por atos legítimos de gestão orçamentária. O Brasil não pode ser o primeiro [país] a fazer isso”, disse em referência ao julgamento do impeachment que se inicia a partir de hoje.

No mesmo tom emocionado, disse ter vivido momentos muito difíceis. “Alguns pareciam intransponíveis, mas consegui vencê-los. Vivi a dor intransponível da tortura, a dor aflitiva da doença e agora a dor intransponível da injustiça. E me dói perceber que estou sendo vítima de uma farsa jurídica”.

Sinalizando para o futuro, afirmou que “não esmoreço. Olho para trás e vejo tudo o que fizemos. Olho para a frente e vejo tudo o que podemos fazer. Olho para mim e vejo a face de alguém que, mesmo marcada pelo tempo, tem forças para defender seus direitos”.

“Aos brasileiros que se opõem ao golpe, faço um chamado para que se mantenham mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar. A luta contra o golpe é longa, mas pode ser vencida e vamos vencer”, encerrou. 

Impeachment

Por 55 votos a favor e 22 contra, o Senado admitiu o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que ficará afastada por 180 dias. Em seu lugar assume Michel Temer (PMDB). Nesse período, o Senado julga se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Caso os senadores julguem que sim, ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos, e Temer assume definitivamente a Presidência.

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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