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Política e Economia

Imprensa alemã vê 'derrota' em admissibilidade de processo de impeachment de Dilma

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Para Spiegel Online, afastamento de Dilma 'prejudicou de forma duradoura instituições do Brasil'; para Die Zeit é 'declaração de falência do Brasil'

Redação

2016-05-12T16:46:00.000Z

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A imprensa alemã publicou, nesta quinta-feira (12/05), uma série de artigos e análises em que afirma que a admissibilidade do processo de impeachment que afastou a presidente brasileira, Dilma Rousseff, é uma “derrota” e “uma declaração de falência” do Brasil.

Em análise do site Spiegel Online, “o drama em torno da presidente é um vexame para um país afundado na crise”. De acordo com Jens Glüsing, autor do texto, “o grande e orgulhoso Brasil terá que se resignar a, no futuro, ser citado por historiadores ao lado de Honduras e Paraguai (...) onde presidentes eleitos foram afastados de forma questionável do cargo”.

Glüsing aponta que Dilma não está sendo acusada de nenhum crime, o pretexto para seu impeachment é a maquiagem orçamentária. “Mas aí todos seus antecessores e também muitos governadores teriam que ser expulsos do cargo”, argumenta. Para ele, “o espetáculo indigno” apresentado pelos políticos brasileiros, desde que o processo teve início, “prejudicou de forma duradoura as instituições e a imagem do Brasil”.

Em posicionamento semelhante, o semanário Die Zeit afirma que o afastamento de Dilma é “a declaração de falência do Brasil”. Em análise, o jornalista Michael Stürzenhofecker pondera que o processo que culminou no afastamento da mandatária brasileira é um “recuo nos velhos tempos”.

“O processo contra Rousseff não é jurídico, mas político. O que mais move as pessoas, porém, é a casta política corrupta. O paradoxal nisso é que Rousseff precisa sair porque atacou o problema [da corrupção]. Os investigadores da [Operação] Lava Jato acusaram muitos de seus partidários. Também ela foi investigada, mas nada foi provado”, colocou ele em seu artigo.

“[O impeachment] é uma derrota para o Brasil, e a recém-adquirida confiança nas instituições e na democracia está abalada. Com o impeachment, o país está a caminho de se tornar a maior república de bananas do mundo”, concluiu o jornalista alemão.

O jornal diário Süddeutsche Zeitung, por sua vez, apresenta uma relação de todos os envolvidos no processo de impedimento da chefe de Estado brasileira, colocando o vice-presidente e agora presidente interino Michel Temer como o “grande vencedor” da situação.

O autor do texto, Benedikt Peters, afirma também que muitos juristas consideram as acusações contra Dilma “tênues”. “Muitos mandatários antes de Rousseff agiram de forma semelhante e não foram afastados do cargo. A queda da presidente é muito mais o resultado de intrigas políticas, costuradas pelos adversários de Rousseff”, defende.

E o jornal de circulação nacional Frankfurter Allgemeine Zeitung analisa o processo como “uma marcante guinada à direita” e acredita que “o sucessor Michel Temer precisará carregar um peso enorme no chão de uma legitimidade frágil”.

O jornalista Matthias Rüb não isenta o PT (Partido dos Trabalhadores ao que pertence Dilma) da situação política instável no Brasil, afirmando que o partido deve assumir responsabilidade pelo “atual desastre” econômico.

Para ele, o país latinoamericano precisa “urgentemente” de estabilidade política para resolver sua crise econômica, mas, para tanto, será necessária disposição por parte do presidente interino, Michel Temer.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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