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Política e Economia

Partidos de esquerda e movimentos sociais da América Latina repudiam afastamento de Dilma

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Para PSUV, da Venezuela, povo deve iniciar 'resistência democrática'; segundo movimento kirchnerista La Cámpora 'direita fascista' está se impondo

Redação

2016-05-12T21:12:00.000Z

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Alguns partidos de esquerda e movimentos sociais da América Latina se pronunciaram, nesta quinta-feira (12/05), em solidariedade à presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), e contrários ao “golpe de Estado” e “governo golpista” do vice-presidente e atual presidente interino Michel Temer (PMDB).

O PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela), do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se solidarizou com Dilma “perante o golpe de Estado parlamentário perpetrado pela direita que instala um governo das corporações empresariais totalmente alheio à vontade do povo brasileiro”, segundo um comunicado oficial.

Agência Efe

Dilma Rousseff foi afastada por 180 dias da presidência nesta quinta-feira

Entretanto, o partido afirmou confiar nos trabalhadores e movimentos políticos e sociais do Brasil para iniciar “uma resistência democrática ao golpe que instala a oligarquia no poder”.

O Partido dos Trabalhadores Socialistas argentino (PTS) também se pronunciou com relação à situação política no Brasil por meio de um comunicado de seu dirigente e ex-candidato à presidência argentina, Nicolás del Caño, que repudiou, inclusive, o reconhecimento e apoio do governo argentino ao “golpe institucional que se consuma no Brasil”.

Divulgação

Nicolás del Caño durante discurso realizado em protesto na embaixada do Brasil em Buenos Aires na quarta-feira (11/05)

“Querem fazê-lo [impeachment] passar como um processo constitucional normal; no entanto, o impeachment não se baseia em nenhuma prova de corrupção, mas em atos administrativos do governo, sem demonstrar nenhum delito como pressupõe a própria Constituição brasileira que dizem defender”, argumentou del Caño.

“Se fazem isso contra uma presidente votada por 54 milhões de brasileiros, imagina o que podem fazer contra um cidadão comum. O ataque às liberdades democráticas elementares está por trás dos métodos golpistas do Poder Judiciário e parlamentar no Brasil, que estão a serviço de impor ataques mais duros à classe trabalhadora e ao povo”, concluiu o dirigente do PTS.
 

No Equador, o partido de esquerda do presidente Rafael Correa, Alianza Pais (Pátria Altiva i Soberana), condenou “enfaticamente” a decisão do Senado de dar seguimento ao processo de impeachment contra Dilma, votado na quarta-feira (11/05).

“Assistimos a um golpe de Estado encoberto por mecanismos judiciais com o beneplácito dos meios de comunicação. Frente a isto, desde o Equador, expressamos à companheira presidente toda nossa solidariedade e força para enfrentar este processo; estamos seguros de que a justiça, a verdade, mas, sobretudo, toda a democracia se colocará acima dos ataques de uma oposição viciada em interesses particulares”, escreveram a secretária executiva e o presidente da Comissão de Relações Internacionais do partido em nota do site do Alianza Pais.

Além disso, dois deputados bolivianos do partido do presidente Evo Morales, Movimento ao Socialismo (Mas), Víctor Borda e Mireya Montaño declararam que a demissibilidade do processo de impeachment de Dilma é “um atentado contra a democracia do Brasil e da América Latina”.

“Lamento muito e espero que instâncias de integração latino-americana como a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) e outras possam se pronunciar a respeito deste fato e obviamente partir do não reconhecimento ao novo presidente”, defendeu Borda.

Montaño, por sua vez, argumentou que o que está ocorrendo no Brasil pode chegar a afetar a política boliviana.

Movimentos sociais

Dos movimentos sociais que se posicionaram em solidariedade a Dilma estão o movimento político e social colombiano de esquerda Marcha Patriótica e o grupo kirchnerista argentino La Cámpora.

No Twitter, o Marcha Patriótica publicou uma imagem com uma foto de Dilma e, escrito ao lado, a frase “Abaixo ao golpe de Estado contra Dilma Rousseff. Fora ianques [norte-americanos] de nossa América. Viva o Povo Brasileiro”.

#ElValleCuentaConVos Abajo golpe de Estado contra Dilma Rousseff https://t.co/9yHMz3Twfb pic.twitter.com/4ak2CTgRc0

— MPValleDelCauca (@MPValleDelCauca) 12 de maio de 2016

Já o La Cámpora publicou um editorial em seu site oficial intitulado “O golpe contra a democracia e a Constituição Brasileira”, em que o autor do texto, Pablo Vilas, afirma estar sendo novamente testemunha de como a “direita fascista impõe a força a interrupção da vontade da maioria”.

Mais especificamente, Vila comenta a situação na Argentina, em que o presidente Mauricio Macri tem um duplo discurso, “Abraça o golpe no Brasil (...) e acusa a oposição argentina de promover práticas que lesem sua governabilidade enquanto cerceia os direitos conquistados pelo povo, evidenciando uma nova faceta das mudanças que as [empresas] multinacionais propõem para a região”.

Ele afirma, contudo, que a mobilização, no campo e nas cidades, da juventude, das mulheres e trabalhadores “é o único caminho e vanguarda para a restituição da democracia e da defesa da legalidade no Brasil”.

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Direitos Humanos

Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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