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Política e Economia

'Não ter mulheres significa perder', diz ONU Mulheres sobre gabinete 100% masculino de Temer

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Para Nadine Gasman, da ONU Mulheres no Brasil, 'está demonstrado no mundo todo' que sociedade deve estar representada 'em todas as instâncias de poder'

Redação

2016-05-13T18:36:00.000Z

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A representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, alertou para a ausência de mulheres nos novos ministérios, anunciados nesta quinta-feira (12/05) pelo atual presidente interino do Brasil, Michel Temer. Depois de um corte de 32 para 22 gabinetes, tomaram posse ontem os novos ministros, todo homens, indicados por Temer, para compor a nova base do governo.

Desde a ditadura militar, quando a primeira ministra foi nomeada, no início da década de 1980, esta é a primeira vez que um presidente não indica uma mulher para os gabinetes.

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Nadine Gasman no Painel “Pequim+20: Mais Mulheres na Política”, evento realizado em Brasília em abril

“Não ter mulheres significa perder, pois metade da população não está representada, nesse governo, nessa junta executiva”, advertiu Nadine, alertando para prejuízos com a ausência de paridade. “A possibilidade de perdas de políticas públicas, dos avanços, da [possibilidade de] ir além do que normalmente está sendo visto por só uma parte da população, é muito grande”, disse a representante durante evento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que aderiu ao movimento HEFORSHE (“Ele por ela”, em tradução livre), que promove a participação de homens na defesa da igualdade e do empoderamento das mulheres.

De acordo com Nadine, pesquisas mostram que a presença de mulheres nos governos e nos conselhos de administração das empresas privadas de, pelo menos 30% do corpo diretivo, significa ganhos de eficiência, de rentabilidade e de melhoria do ambiente de trabalho.

Com as mudanças políticas no Brasil, ela cobrou que políticas públicas não sejam interrompidas e defendeu que a institucionalidade da agenda das mulheres, por meio da atuação de secretarias e ministérios é um avanço mundial, sugerindo que as pastas não sejam extintas.

A representante da ONU Mulheres disse, contudo, que é cedo para fazer análises sobre o governo Temer e que aposta na manutenção da preocupação com os direitos humanos no país.
 

“Ainda não conhecemos o novo governo. Temos que esperar e ter confiança de que qualquer governo vai fazer políticas, vai dar orçamento, vai ter um posicionamento em favor dos direitos das mulheres”, afirmou, citando avanços, nos últimos 20 anos, como a diminuição da pobreza e de enfrentamento à violência, como a lei de combate ao assassinato de mulheres.

No combate à violência, Temer é reconhecido por ter criado a primeira delegacia de defesa da mulher, em São Paulo, quando foi secretário de Segurança Pública, em 1985.

A meta da ONU Mulheres é trabalhar para acelerar a igualdade entre homens e mulheres, que, no ritmo atual, levaria mais de 70 anos. Com a promoção de oportunidades, a organização defende que a governança, no mundo, seja dividida igualmente entre homens e mulheres. Sem a paridade, argumenta Nadine, ações para o desenvolvimento ficam prejudicadas.

“Está demonstrado, no mundo todo, que tem que ter, em todas as instâncias de poder, representação da sociedade”, defendeu. A diversidade, segundo ela que também é médica e doutora em políticas para a saúde, garante melhorias em políticas públicas para os mais pobres.

Procurada, a assessoria do presidente interino não comentou o perfil do novo ministeriado.

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Direitos Humanos

Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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