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Política e Economia

New York Times: Temer é 1º líder 'em décadas' a não ter mulheres no governo

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Intitulada 'Michel Temer, presidente interino do Brasil, sinaliza mudança mais conservadora', matéria pontua falta de mulheres e negros no novo governo

Redação

2016-05-13T20:49:00.000Z

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O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta quinta-feira (12/05) em seu site uma matéria em que destaca uma "possível" guinada à direita do presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, e a ausência pela primeira vez “em décadas” de mulheres na equipe do novo governo.

“O governo do presidente [em exercício] Michel Temer pode levar a uma significativa guinada à direita no maior país da América Latina”, diz a matéria. “E ele [Temer] é o primeiro líder em décadas a não ter nenhuma mulher em seu gabinete”.

Lula Marques/Agência PT

Na equipe de ministros anunciada por Michel Temer (PMDB) nesta quinta-feira (13/05), não há mulheres ou negros 

Consultada pelo New York Times, a cientista política da USP (Universidade de São Paulo) Maria Hermínia Tavares de Almeida afirmou que a última vez em que o governo do Brasil não possuía mulheres nos principais cargos foi no início da década de 1980, época em que o país vivia uma ditadura militar. Até a ascensão de Temer, “todos os governos democráticos tiveram mulheres”, disse Almeida.

Intitulada “Michel Temer, presidente interino do Brasil, sinaliza mudança mais conservadora”, a matéria pontua que os governos do PT, comandados por Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, foram uma “âncora de políticos de esquerda na região”, apoiando os governos da Venezuela e de Cuba e com uma iniciativa de reduzir a desigualdade social.

A government with no women? Welcome to the new Brazil https://t.co/jeVoXc67Og pic.twitter.com/Z2YLvpiyCr

— New York Times World (@nytimesworld) 13 de maio de 2016

Nos últimos anos, segue o New York Times, eleições no continente levaram grupos mais conservadores de volta ao poder, como na Argentina e Paraguai. “Temer aparenta também estar adotando uma postura mais conservadora para seu governo, com os empresários do país o pressionando para privatizar empresas estatais e cortar gastos públicos”.

A matéria também cita a ausência de negros na equipe do presidente em exercício. “Após um longo período em que o Brasil utilizou políticas [raciais] afirmativas, críticos de Temer apontam a falta de afrobrasileiros em seu gabinete, especialmente quando cerca de 51% dos brasileiros se definem como pretos ou pardos, de acordo com o censo de 2010”.

“É vergonhoso que a maior parte das escolhas de Temer são homens brancos e velhos”, disse ao New York Times Sérgio Praça, cientista político e pesquisador da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Praça comparou o gabinete de Temer ao do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em que metade dos cargos é composta por mulheres. Trudeau chegou ao poder em novembro do ano passado.

Correspondente da CNN

No Twitter, a jornalista Christiane Amanpour, correspondente internacional da emissora norte-americana CNN que entrevistou Dilma Rousseff no mês passado, criticou nesta sexta o fato de Temer não ter nomeado nenhuma mulher para chefiar um ministério.

Simon Romero, correspondente do New York Times no Brasil e jornalista que assinou a matéria sobre Michel Temer, postou nesta quinta-feira uma foto da cerimônia de nomeação dos ministros de Temer e publicou a seguinte mensagem: “Aqui está Michel Temer apresentando o novo gabinete do Brasil. Falta de diversidade impressionante (nenhuma mulher)”. Amanpour citou o tuíte de Romero e disse: “Sério?”.

Seriously? https://t.co/C7wMW0Qu0t

— Christiane Amanpour (@camanpour) 13 de maio de 2016

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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