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Hoje na História - 1883: É inaugurado o Expresso do Oriente

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Hoje na História - 1883: É inaugurado o Expresso do Oriente

Max Altman

2010-06-07T11:10:00.000Z

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É inaugurado em 7 de junho de 1883 o trem que liga Paris a Constantinopla, hoje Istambul, passando por Munique, Viena e Belgrado. O Expresso do Oriente, o mais luxuoso da Europa, era equipado com vagões-leito, salões de estar e um restaurante de alta gastronomia e levava cerca de três dias para percorrer os 3.186 quilômetros de extensão. O famoso trem inspiraria numerosos escritores como Agatha Christie, Paul Morand e Paul Valery.

Desde a inauguração em 1883 até hoje, a rota foi alterada muitas vezes, seja por logística ou por questões políticas. O Expresso do oriente foi considerado um dos trens mais luxuosos do mundo, com passageiros que incluíam desde burgueses milionários até membros da aristocracia europeia.

Wikicommons

Cartaz anuncia as viagens 1888–1889 do Expresso do Oriente

A idéia de criar um serviço de passageiros que ligasse a Europa ocidental ao Sudeste Asiático surgiu de Georges Nagelmackers, criador da francesa Compagnie Internationale des Wagon-Lits. A companhia, criada em 1872, tinha sido a primeira na Europa a introduzir vagões-dormitório e vagões-restaurante nas composições, ideia já colocada em prática nos Estados Unidos por George Pullman.

À época, o trem saía duas vezes por semana da Gare de l'Est, em Paris e chegava à cidade de Giurgiu, na Romênia, passando por Estrasburgo, Munique, Viena, Budapeste e Bucareste. De Giurgiu, os passageiros eram transportados através do Danúbio para a cidade de Ruse, na Bulgária. Daí havia outro trem que os levaria até Varna, onde poderiam tomar um ferry para Istambul.

Em 1885 o Expresso do Oriente já contava com saídas diárias de Paris até Viena. De lá, além das duas saídas semanais até Giurgiu, criou-se uma alternativa, que saía de Viena até Nis, na Iugoslávia, passando pela capital Belgrado. De Nis, os passageiros cruzavam a fronteira usando carruagens, sendo levados até a cidade de Plovdiv, de onde tomavam outro trem até Istambul.

Em 1889 a linha é finalmente completada. Nessa época, o serviço diário de Paris passou a ir até Budapeste. Três vezes por semana o trem se estendia até Istambul, passando por Belgrado e Sofia. Em 1891 o nome foi oficialmente mudado para Expresso do Oriente.

Cena de "Assassinato no Expresso do Oriente":


Em 1914, o serviço do trem foi interrompido devido à guerra. Em 1919 foi inaugurado o túnel Simplon, ligando a Suiça à Itália, possibilitando uma rota alternativa para Istambul. Foi então inaugurado o serviço Simplon Orient Express, que passava por Lausanne, Milão, Veneza e Trieste, juntando-se à rota original em Belgrado. Uma das características desse novo trajeto consistia no fato de que a Alemanha era evitada. Uma das cláusulas do Tratado de Saint-Germain-en-Laye definia que a Áustria deveria permitir que os trens passassem por Trieste, haja vista que antes os trens internacionais, quando estivessem em território austríaco, tinham a obrigação de passar por Viena.

Apogeu

Na década de 1930 o Expresso do Oriente atingiu seu ponto máximo, com três serviços atravessando a Europa: o Expresso do Oriente original, o Simplon Orient Express, e o novo Arlberg Orient Express. Este seguia de Paris a Budapeste passando por Zurique e Innsbruck, com vagões seguindo tanto para Bucareste como Atenas. Nessa época Londres já era servida pelo Simplon. Os passageiros eram levados por trens da British Southern Railway da estação Victoria até Dover, de onde tomavam um ferry para Calais. A partir daí eles seguiam de trem até a estação Gare de Lyon, em Paris, onde os vagões eram acoplados à composição do Simplon. Foi nessa época que o Expresso do Oriente adquiriu sua fama de trem luxuoso, prestando um serviço de primeira linha para seus passageiros que incluíam membros da realeza, diplomatas, milionários e personalidades.

A Segunda Guerra Mundial novamente interrompeu os serviços. Apenas em 1945 tudo foi normalizado. Muitos países do bloco socialista do Leste Europeu resolveram trocar os vagões da Wagon-Lits pelos de suas próprias companhias, causando uma queda na qualidade do serviço.

Em 1962 tanto a rota original tanto do Expresso do Oriente quanto do Arlberg Orient Express são colocados fora de circulação, deixando apenas o Simplon Orient Express. No mesmo ano este também é retirado, sendo substituído por um serviço mais lento, chamado de Direct Orient Express. Ele contava com saídas diárias para Belgrado (passando pelo mesmo trecho que o Simplon), de onde ia para Istambul e Atenas duas vezes por semana.

Em 1977 o Direct sai de circulação. A última viagem de Paris a Istambul acontece em 19 de maio de 1977. Apesar de boatos de que o Expresso do Oriente tinha terminado, parte de sua rota original é reativada, num serviço sob o nome original de Orient Express. No período entre 1977 e 2001, ele saía de Paris indo até Budapeste, com poucas saídas para Bucareste. A partir de então os trens tinham vagões franceses, austríacos, húngaros e romenos, sendo todos atendidos por funcionários da Wagon-Lits.

Em 10 de junho de 2001 o trajeto se restringe ao trecho Paris - Viena e novamente em 10 de junho de 2007 este passa a ser Estrasburgo - Viena, uma vez que o trecho Paris - Estrasburgo passou a ser atendido por trens da alta velocidade da TGV-Est.

Inspiração

O Expresso do Oriente, devido à sua fama, já foi citado em alguns livros e filmes. Uma das referências mais conhecidas está no livro Assassinato no Expresso do Oriente, escrito por Agatha Christie. Nesta história, o detetive Hercule Poirot desvenda um crime cometido a bordo do Simplon Orient Express.

Outra referência é encontrada no livro O Expresso do Oriente, escrito por Graham Greene. Nos filmes, o Expresso do Oriente é citado no From Russia With Love, de Ian Fleming, assim como na versão de 2004 do filme A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, entre outros. Em 1982, o músico francês Jean Michel Jarre compôs o tema Oriente Express para sua turnê realizada na China.


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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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