O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira (23/05) o fim do embargo à venda de armas ao Vietnã, onde está em uma visita oficial de três dias que começou na noite de domingo (22/05).
Agência Efe
De acordo com presidente norte-americano, decisão faz parte do processo de normalização das relações entre os dois países
Em entrevista coletiva à imprensa em Hanói, Obama disse que a decisão faz parte do processo de normalização das relações entre os dois países depois da Guerra do Vietnã, encerrada em 1975. Além disso, ambas as nações assinaram em fevereiro o acordo de cooperação econômica Parceria Transpacífico, do qual fazem parte outras dez nações.
“A decisão de acabar com o embargo não está baseada na China”, disse o mandatário, “e sim no desejo de completar o que tem sido um longo processo de normalização com o Vietnã”, completou ao lado do presidente vietnamita, Tran Dai Quang.
O avanço nas relações entre Estados Unidos e Vietnã ocorre em meio a um cenário de tensões crescentes com Pequim devido à disputa do Mar da China meridional.
Em 2014, a China instalou uma plataforma petroleira em águas que são reivindicadas pelo país e pelo Vietnã. Desde então, as relações entre as nações não se recuperaram.
O mandatário norte-americano disse esperar uma “profunda cooperação militar” com Vietnã, até poucos anos considerado um regime inimigo por Washington.
“Isso demonstra que as relações entre nossos dois países estão plenamente normalizadas”, afirmou Tran Dai Quang.
Obama se reuniu na manhã desta segunda-feira (23/05) com Quang no Palácio Presidencial de Hanói para debater sobre assuntos econômicos, direitos humanos e o conflito que o Vietnã mantém com a China.
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Segundo o norte-americano, as disputas no Mar do Sul da China deveriam ser resolvidas pacificamente, e não por quem “tem a mão mais pesada”.
Obama acrescentou que sua visita ao Vietnã mostra que “os corações podem mudar e que a paz é possível”, e que a venda de armas irá depender do comitê de direitos humanos do Vietnã e será analisada caso a caso para que se concretize. “O que não temos é uma proibição baseada em uma divisão ideológica entre dois lados”, disse.