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Política e Economia

Itamaraty orienta diplomatas a 'combater ativamente' ideia de golpe no exterior

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Circular assinada por José Serra contém instruções para responder a críticas contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff

Redação

2016-05-25T15:26:00.000Z

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Uma matéria publicada por veículos de imprensa nesta quarta-feira (25/05) afirma que o ministro interino das Relações Exteriores, José Serra, enviou a servidores no Brasil e no exterior um documento com orientações para “combater ativamente” as acusações de que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff ocorreu devido a um golpe.

Assinada por José Serra, a circular de nove páginas diz que “órgãos de imprensa, acadêmicos e membros da sociedade civil, mas também dirigentes de organismos internacionais e representantes de governo têm-se manifestado, frequentemente de forma imprópria e mal informada, a respeito das questões de conjuntura política interna brasileira, em especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff”.

Segundo o texto, “os equívocos porventura cometidos no tratamento de temas da realidade brasileira por autoridades locais na jurisdição do posto, geradores de percepções erradas sobre o corrente processo político no Brasil devem ser ativamente combatidos por vossa excelência”.

Agência Efe

Documento assinado pelo ministro interino José Serra contém orientações para 'combater' ideia de golpe no país

A circular orienta os diplomatas a esclarecer, "com elementos factuais e jurídicos sólidos, que o processo de impeachment [de Dilma] observa rigorosamente os ditames e ritos previstos na legislação” e que deputados e senadores receberam “milhões de votos para cumprir suas funções constitucionais”.

“A presidente foi acusada de haver violado regras orçamentárias mediante a abertura de créditos suplementares sem prévia autorização legislativa”, indica o documento. “Trata-se de hipótese inconteste de aplicação do rito do impeachment, nos termos da Constituição", afirma também a circular.

O texto apresenta trechos de notas de chancelaria que manifestaram repúdio ao afastamento de Dilma, como Equador, Venezuela, Cuba, Bolívia e El Salvador, além de entidades como Unasul (União das Nações Sul-Americanas), OEA (Organização dos Estados Americanos) e Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América). As declarações foram rechaçadas pelo Itamaraty em diferentes comunicados.

Procurada pela redação de Opera Mundi, a assessoria de imprensa do Itamaraty não retornou as ligações até o fechamento desta matéria.

Em março, o funcionário do Itamaraty Milton Rondó Filho foi repreendido depois de enviar telegramas às embaixadas brasileiras no exterior em que alertava para a possibilidade de um golpe no país. 

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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