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Política e Economia

Impeachment de Dilma é 'jeitinho' na Constituição, diz revista britânica The Economist

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Segundo a publicação, 'muitos dos políticos que votaram pelo impeachment recorrem a esses jeitinhos de forma incansável'

Redação

2016-05-27T18:30:00.000Z

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Um artigo publicado na revista britânica ​The Economist nesta sexta-feira (27/05) afirma que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é um “jeitinho” na Constituição.

“O impeachment de Dilma Rousseff, uma presidente impopular que não foi pessoalmente acusada de infrações sérias, é um 'jeitinho' na Constituição", diz a publicação.

Beto Barata/Agência Senado

Segundo artigo da revista The Economist, processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é um "jeitinho" na Constituição

Segundo o texto, que utiliza o termo “jeitinho” em português, “muitos dos políticos que votaram pelo impeachment recorrem a esses 'jeitinhos' de forma incansável, por exemplo com as leis sobre financiamento de campanha".

O artigo explica que há palavras que existem apenas na língua portuguesa, como "saudade", "cafuné" e "jeitinho" – esta última definida como "uma forma de contornar algo, normalmente uma lei ou regra".

 

The Economist traz a análise da antropóloga Livia Barbosa, que diz que “'jeitinho', que tem conotação de ingenuidade e também de ilegalidade, é uma marca de identidade nacional”.

Um dos exemplos do “jeitinho” apontados pela revista são os restaurantes que oferecem refeições a policiais para que, em troca, façam o patrulhamento de ruas, economizando assim dinheiro que seria pago a seguranças privados.

Outros casos são a utilização de "laranjas" para pagar menos impostos, pessoas que usam crianças ou idosos para furar filas e professores universitários que aceitam relatórios fictícios de estágio.
 

O texto afirma também que, de acordo com especialistas, os católicos seriam mais suscetíveis ao uso do “jeitinho” por considerarem a confissão como alternativa para obedecerem às leis. Já outros estudiosos dizem que sociedades mestiças, como a brasileira, seriam mais flexíveis tanto sobre leis quanto sobre etnicidade.

Segundo a publicação, “talvez a desigualdade tenha seu papel: se os ricos e poderosos desrespeitam a lei, por que as pessoas comuns não fariam isso?”.

O artigo aponta que pode estar ficando mais difícil usar o “jeitinho”, não apenas pela existência de operações como a Lava Jato, mas também porque há mais tecnologia, como câmeras, radares e sites como o E-Poupatempo (sistema online do governo de São Paulo) que agiliza a apresentação de relatórios de polícia.

The Economist cita o antropólogo Roberto DaMatta, que acredita que o país pode estar caminhando em direção a um sistema anglo-saxão, em que as leis "ou são obedecidas ou não existem".

"Se isso acontecer, a satisfação que muitos brasileiros vão sentir pode ser tingida com cores de saudades", conclui o artigo.

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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