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Política e Economia

Aula Pública Opera Mundi: por que precisamos analisar a ditadura militar na perspectiva de gênero?

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No novo episódio da quarta temporada da Aula Pública, Amelinha Teles analisa a atuação de mulheres durante anos de chumbo

Redação

2016-06-12T16:00:00.000Z

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No nono episódio da quarta temporada da Aula Pública, Amelinha Teles analisa a atuação de mulheres durante a ditadura. A ativista social explica como a violência e a barbárie contra mulheres foi estruturada pelo regime militar nos anos de chumbo.

"O ódio às mulheres era muito grande na ditadura. Os agentes do Estado acreditavam que elas queriam superar os homens. Para eles, as mulheres estavam pegando em armas para tomar o poder dos homens. Então, as militantes eram promíscuas e atentavam contra a moral e os bons costumes. Por isso, os militares tentavam fortalecer o estereótipo da mulher filha, esposa, amante. A mulher que fosse livre e que decidisse ir para a luta, inclusive a armada, era odiada pelos homens", explica Amelinha Teles.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Amelinha Teles: por que precisamos analisar a ditadura militar na perspectiva de gênero?


Na Aula Pública, Amelinha Teles também explica como as mulheres romperam com esteriótipos e foram protagonistas da resistência ao regime de exceção.

"Na ditadura militar, as mulheres lutaram e batalharam, coordenaram aparelhos, fizeram imprensa clandestina, fizeram guerrilha e atiraram, muitas vezes, melhor do que os homens. Isso é pouco conhecido. Quando falamos em ditadura e resistência, sempre falamos sobre homens, sindicalistas, mas pouco se fala das mulheres e todo o esteriótipo que elas romperam naqueles anos", afirma.

Para Amelinha, é necessário entender as diferenças da tortura entre homens e mulheres. Pela atuação protagônica, mulheres sofreram com violência sexual e ataques aos filhos e à familia.

"Os militares cometeram crimes sexuais. São atos de lesa-humanidade. Todas as novas diferenças foram usadas pelos militares na hora da tortura. A gravidez foi uma motivação para os agentes do Estado torturassem mulheres. Tivemos crianças que foram torturadas antes de nascer. A amamentação e menstruação foram usadas como tortura. Com chutes na barriga e choques elétricos, tivemos também abortamentos forçados", relata Amelinha, que foi torturada no regime militar.

Na segunda parte da Aula Pública, Amelinha Teles responde perguntas do público na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo

Opera Mundi TV

Amelinha Teles explica como a violência contra as mulheres foi estruturada pelo regime militar

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Política e Economia

Após receber carta de Bolsonaro, EUA pedem que Brasil adote “medidas imediatas” contra desmatamento

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Principal representante da Casa Branca saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal no Brasil; cacique Raoni disse que são mentirosas

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-04-16T22:40:00.000Z

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O governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira (16/04) à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O principal representante da Casa Branca sobre questões ambientais saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030, mas pediu que iniciativas com resultados concretos sejam implementadas imediatamente.

"O fato de o presidente Bolsonaro ter confirmado o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal é importante", disse o enviado especial de Joe Biden para a diplomacia climática, John Kerry. “Esperamos medidas imediatas e um diálogo com as populações indígenas e a sociedade civil para fazer com que esse anúncio se traduza em resultados concretos”, insistiu o representante de Washington em uma postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira (15/04), a Presidência brasileira divulgou uma carta de sete páginas, antes da cúpula dos Chefes de Estado sobre a mudança climática que acontecerá em 22 de abril, na qual Bolsonaro diz estar disposto a trabalhar para cumprir as metas ambientais do país no Acordo de Paris e, para isso, pede recursos da comunidade internacional. "Queremos reafirmar nesse ato (...) o nosso inequívoco compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", dizia a texto.

O cacique Raoni, internacionalmente conhecido pela sua luta em defesa da preservação da Amazônia, chegou a reagir publicamente à carta de Brasília pediu ao presidente dos Estados Unidos para ignorar a promessa de Bolsonaro.

"Ele tem dito muitas mentiras", disse o líder indígena no vídeo divulgado pelo Instituto Raoni nesta sexta-feira. "Se este presidente ruim falar alguma coisa para o senhor, ignore-o (...). Ele [Bolsonaro] está querendo liberar o desmatamento nas nossas florestas, incentivando invasões nas nossas terras", acrescentou.

U.S. Department of State
Governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro

Biden cogitou sanções econômicas antes de ser eleito

A política ambiental do governo Bolsonaro é frequentemente criticada pelos ecologistas, mas também por vários líderes internacionais. O Brasil já foi alvo de medidas de retaliação no exterior, na tentativa de chamar a atenção para a situação na Amazônia.

Do lado dos líderes mundiais, o presidente francês Emmanuel Macron já criticou abertamente a posição de Brasília sobre a preservação do meio ambiente desde que Bolsonaro chegou ao poder. Em setembro passado, antes de ser eleito, Biden também cogitou a imposição de sanções econômicas contra o Brasil se não houvesse uma desaceleração do desmatamento.  

Muito mais próximo dos ex-presidente norte-americano Donald Trump que do atual governo democrata dos Estados Unidos, Bolsonaro informou que pretende participar da cúpula virtual sobre o clima organizada por Biden na semana que vem. Cerca de 40 liderem mundiais devem marcar presença no evento.

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