Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Crises no governo de Michel Temer aumentam chances de retorno de Dilma Rousseff, diz Time

Encaminhar Enviar por e-mail

Entre crises estão áudios de ministros contra a Lava Jato; depoimento de Odebrecht, entretanto, pode prejudicar Dilma Rousseff, diz revista dos EUA

Redação

2016-06-09T18:34:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!


Clique para acessar todas as matérias e artigos de Opera Mundi e Samuel sobre impeachment


Em matéria publicada na quarta-feira (08/06), a revista norte-americana Time afirmou que as chances de retorno da presidente brasileira, Dilma Rousseff, crescem com o agravamento das crises enfrentadas por Michel Temer, vice-presidente no exercício da Presidência do Brasil desde o afastamento de Dilma, no dia 12 de maio.

“O governo do presidente interino Michel Temer enfrentou uma série de crises. (...) O desenrolar dos eventos sugere que Rousseff ainda pode sobreviver à votação final por seu impeachment no Senado”, diz o artigo escrito por Matt Sandy e intitulado "Como o agravamento da crise no Brasil pode resgatar Dilma Rousseff".

Roberto Stuckert Filho / PR

Dilma Rousseff cumprimenta apoiadoras diante do Palácio do Planalto em 19 de abril; crises de Temer podem favorecer presidenta, diz Time

Entre as crises, a Time cita a reação negativa da opinião pública diante da nomeação de um gabinete composto exclusivamente por homens brancos; a queda de dois ministros após a divulgação de áudios em que eles sugeriam frear a Operação Lava Jato para poupar determinados políticos; a decisão de extinguir o Ministério da Cultura, as consequentes críticas e o recuo do vice-presidente, que acabou recriando a pasta; a suspensão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha — aliado de Temer; e a previsão do Banco Mundial de que a recessão econômica continuará por mais um ano.
 

A Time acredita que, para se manter na Presidência, o governo interino precisará conseguir resgatar o Brasil da crise. Entretanto, aponta a revista, “mesmo se mobilizando para limitar os gastos públicos e cortando gastos com saúde, educação e programas sociais, o Congresso aprovou uma lei que aumenta em 41% os salários de oficiais do governo federal — incluindo [de funcionários] da Suprema Corte que provavelmente terão o poder de tomar a decisão final sobre o impeachment de Rousseff”.

Assim, a publicação norte-americana acredita que as dificuldades enfrentadas por Temer podem favorecer Rousseff e sinaliza para a mudança de opinião de alguns dos senadores que haviam aprovado a continuação do processo de impeachment. Para que o impedimento seja aprovado, é necessário o voto de dois terços do Senado; para que ele seja rejeitado, porém, são necessários apenas 27 votos.

O que pode, contudo, impedir definitivamente a volta de Dilma à presidência, segundo a Time, é a Operação Lava Jato, que irá ouvir Marcelo Odebrecht, presidente da construtora Odebrecht. O autor do texto menciona uma matéria da revista brasileira Isto É, do dia 3 de junho, que afirma que Odebrecht alegará que Dilma pediu que ele fizesse uma doação ilegal de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral de 2014.

“Caso a alegação seja comprovada, a corte eleitoral do Brasil — que já está examinando irregularidades sobre essas eleições [2014] — poderia cancelar os resultados e pedir um novo pleito. Rousseff e Temer, que sofrem com um baixo índice de aprovação, provavelmente não seriam eleitos”, ponderou a revista.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

Encaminhar Enviar por e-mail

Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados