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Política e Economia

'Brexit': esquerda europeia culpa políticas de austeridade e pede UE mais democrática e solidária

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Partidos e líderes de esquerda europeus lamentam saída britânica e responsabilizam agenda neoliberal do bloco; 'Europa deve mudar', disse Iglesias

Redação

2016-06-24T15:29:00.000Z

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Diante da vitória da saída britânica da União Europeia no referendo realizado nesta quinta-feira (23/05), setores da esquerda europeia apontaram as políticas de austeridade impostas pelo bloco e a divisão social fomentada por alguns líderes como responsáveis pela rejeição da maioria da população britânica e de parte da população europeia à UE.

Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia e líder do partido Syriza, ponderou que a decisão britânica “confirma a profunda crise política e identitária da União Europeia”, podendo ser “um despertar ou o começo de um caminho perigoso para o povo europeu”.

Para o primeiro-ministro grego, "as escolhas extremas de austeridade que aprofundaram a desigualdade entre países do norte e do sul, as cercas e as fronteiras fechadas e a recusa em dividir o fardo das crises financeiras e de refugiados indicaram uma crise maior na Europa", com “o senso de um futuro comum dando lugar para uma suposta ‘segurança’ do isolacionismo e fechamento nacional”.

Agência Efe

Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia: 'Precisamos de uma Europa democrática e mais social'

“Precisamos de uma Europa democrática e mais social”, afirmou Tsipras.

Pablo Iglesias, líder do espanhol Podemos, ressoou as afirmações de Tsipras, dizendo que o bloco “deve mudar”. “Ninguém iria querer partir de uma Europa justa e solidária”, escreveu o espanhol em seu Twitter.

Día triste para Europa. Debemos cambiar de rumbo. De una Europa justa y solidaria nadie querría irse. Tenemos que cambiar Europa

— Pablo Iglesias (@Pablo_Iglesias_) 24 de junho de 2016

 

Gabi Zimmer, presidente da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL), grupo do Parlamento Europeu, lamentou o resultado do referendo, ressaltando porém que “os eleitores britânicos foram obrigados a escolher entre a agenda neoliberal cada vez mais antidemocrática da União Europeia ou uma visão nostálgica, xenófoba e anti-imigração do Reino Unido”.

Para Zimmer, a UE deve fazer uma autocrítica para entender por que a maioria dos britânicos resolver abandonar o bloco e porque esse sentimento se alastra por outros cidadãos europeus. “A UE necessita urgentemente de uma reforma progressista, pois sua agenda neoliberal de austeridade não só prejudicou seus países-membros, como também está perdendo apoio entre os que lutam por uma UE social baseada na solidariedade”, declarou a parlamentar em comunicado.

O partido britânico Left Unity (Unidade de Esquerda) classificou como "desastroso" o resultado do referendo e disse "deplorar" a vitória da Brexit. "O referendo veio da pressão da extrema-direita – motivada pelo sentimento anti-imigração, alimentado pelo racismo", declarou a sigla em comunicado.

Reprodução / Facebook

Gabi Zimmer, presidente da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL): 'UE necessita urgentemente de uma reforma progressista'

"Os problemas que enfrentamos são resultado de políticas neoliberais, desregulatórias e anti-classe trabalhadora impostas por sucessivos governos britânicos, e não têm a ver com imigrantes e refugiados – nossos companheiros trabalhadores", afirmou a legenda britânica. "Chamamos todos aqueles que rejeitam esta desastrosa virada na política britânica a combater o racismo, defender os direitos dos migrantes e lutar para proteger e expandir os direitos trabalhistas e sociais que estão sendo ameaçados."

O partido alemão Die Linke ("A Esquerda") declarou que a vitória da Brexit "mostra a difícil crise da União Europeia" e "quebra irrefutavelmente o status quo europeu". "Os tecnocratas da EU e suas políticas de austeridade neoliberais prepararam o ceticismo na Europa e o nacionalismo", sustenta o partido, que diz defender "um continente europeu da esperança socialmente justo, pacífico e democrático". "Com o dia de hoje a batalha por uma nova ideia social e política para uma Europa de paz e aberta para o mundo se acende novamente".

Na Itália, Paolo Ferrero, secretário-geral do Partido pela Refundação Comunista, também culpou as políticas de austeridade da UE pela crescente insatisfação com o bloco por todo o continente. Para Ferrero, tais políticas "deteminaram uma escassez artificial e produziram um descotentamento social que se expressa hoje na ilusão nacionalista". "Somente uma mudança radical nas políticas da União Europeia, com a saída do neoliberalismo e com a adoção de políticas socialistas de pleno emprego, baseadas sobre a redistribuição da renda e do trabalho e sobre a expansão do Estado de bem-estar social, podem nos tirar da crise e da barbárie".

#Brexit nazionalismi e guerra tra poveri frutto politiche liberiste. Rovesciare politiche UE unica strada per uscire da crisi e barbarie

— Paolo Ferrero (@ferrero_paolo) 24 de junho de 2016

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Coronavírus

Agências dos EUA recomendam suspensão de vacina da Janssen contra covid-19

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Medida ocorre após casos de coagulação sanguínea em pessoas recém-imunizadas; efeito colateral apareceu em 0,0003% das aplicações

Redação

ANSA ANSA

Roma (Itália)
2021-04-13T17:00:00.000Z

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As autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendaram nesta terça-feira (13/04) a suspensão do uso da vacina contra covid-19 da Janssen, subsidiária da multinacional norte-americana Johnson & Johnson, devido a seis casos graves de coagulação sanguínea em pessoas recém-imunizadas.

A recomendação foi feita pela agência sanitária dos EUA (FDA, sigla em inglês), e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que afirmaram tratar-se de uma medida de "precaução".

Os dois órgãos estão analisando seis relatos nos Estados Unidos de um tipo "raro e grave" de coágulo sanguíneo em pessoas vacinadas com a fórmula da Janssen, uma das mais cobiçadas no mundo por ser de dose única. "Até agora, esses eventos adversos parecem ser extremamente raros", diz um comunicado da FDA. Até a última segunda-feira (12/04), 6,8 milhões de pessoas já haviam tomado a vacina da Janssen no país.

De acordo com a agência sanitária norte-americana, a suspensão é importante para "garantir que a comunidade de profissionais da saúde esteja ciente do potencial desses eventos adversos e possa se planejar devido ao tipo único de tratamento exigido por essa forma de coágulo sanguíneo".

Segundo o jornal The New York Times, todos os seis casos investigados pela FDA e pelo CDC ocorreram em mulheres de 18 a 48 anos. Uma delas morreu, e outra está hospitalizada em estado grave.

AFP/Telam
Episódios de coagulação sanguínea grave dizem respeito a 0,0003% do total de imunizados

O caso remete ao imunizante da multinacional anglo-sueca AstraZeneca, que ainda não foi aprovada nos EUA e vem sendo usada com restrições na União Europeia após a agência de medicamentos do bloco, a EMA, ter incluído eventos incomuns de trombose como possíveis efeitos colaterais "muito raros" do imunizante.

Também neste caso, os episódios ocorreram majoritariamente em mulheres de até 60 anos de idade. Segundo a EMA, esses coágulos aparecem sobretudo nas veias do cérebro (trombose cerebral da cavidade venosa), no abdômen (trombose venosa esplâncnica) e nas artérias, juntamente com baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia) e, às vezes, sangramento.

O parecer se baseou em 62 casos de trombose cerebral da cavidade venosa e 24 de trombose venosa esplâncnica reportados até 22 de março, período em que 25 milhões de pessoas já tinham sido vacinadas com a fórmula da AstraZeneca na Europa. Ou seja, os episódios de coagulação sanguínea grave dizem respeito a 0,0003% do total de imunizados.

Devido à raridade desses tipos de trombose, a EMA afirmou que a relação benefício-risco da vacina "permanece positiva" e não recomendou nenhuma restrição de uso, embora alguns países da UE tenham parado de utilizá-la em menores de 60 anos.

Tanto o imunizante da AstraZeneca quanto o da Janssen usam adenovírus inativos contendo sequências genéticas que codificam a proteína spike, utilizada pelo coronavírus Sars-CoV-2 para atacar as células humanas.

Saúde

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