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Política e Economia

Congresso pode ter aprovado impeachment de forma oportunista, diz FHC em entrevista a Al Jazeera

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Questionado por entrevistador se líderes do processo de impeachment contra Dilma teriam credibilidade para cassá-la, ex-presidente tergiversou e disse que campanha para impedimento 'veio do povo'

Redação

2016-07-04T20:42:00.000Z

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Atualizada às 18h02

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deu uma entrevista à emissora Al Jazeera, do Qatar, que foi transmitida no último sábado (02/07), sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele diz que a "campanha [pelo impedimento] veio do do povo, das massas nas ruas, não do Congresso", mas que este "pode o ter aprovado de forma oportunista".

Ao ser perguntado pelo âncora Mehdi Hassan se Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara dos Deputados; Waldir Maranhão (PP-BA), presidente interino da Casa; Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado; e o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP), envolvidos em escândalos de corrupção, teriam credibilidade para votar o impeachment de Dilma, Fernando Henrique diz que os motivos que levaram o PMDB a retirar o apoio à atual presidente afastada "são diferentes" dos motivos pelos quais ele apoia o impeachment. Sem responder diretamente à pergunta, mesmo com a insistência do apresentador, o ex-presidente disse que eles "não lideraram campanha pelo 'impeachment'". 

Questionado pelo jornalista o motivo pelo qual Dilma estaria errada em dizer que sofreu "um golpe", o ex-presidente respondeu que ela agrediu "a Constituição em questões fiscais e usando dinheiro sem autorização do Congresso". "Este não é um crime no sentido do Código Penal, é um crime contra a Constituição. É um crime político", disse.

Em seguida, o apresentador afirma que o próprio Fernando Henrique "fez isso quando presidente, por volta de 2001-2002". "Você é acusado de pedalar em torno de US$ 300 milhões ao ano, em termos das taxas de câmbio de hoje", diz. Em resposta, Fernando Henrique diz que, em seu governo, aprovou a "lei fiscal" (Lei de Responsabilidade Fiscal). "No meu caso, a nova lei foi durante o meu governo, em 2001, a chamada lei fiscal, por isso, nos ajustamos à nova lei. Portanto, adiamos pagamentos de dois ou três milhões de dólares, mas, agora, estamos nos referindo a 14, 16, 20 bilhões de dólares. É bem diferente".

Reprodução

Ex-presidente FHC deu entrevista exibida neste final de semana à emissora Al Jazeera

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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