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Política e Economia

Governo Temer mina democracia no Brasil, diz deputado durante sessão do Congresso dos EUA

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Para democrata Alan Grayson, 'mídia conservadora do Brasil' ajudou 'membros da oposição de direita' a impulsionar processo de impeachment contra Dilma

Redação

2016-07-13T20:43:00.000Z

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Atualizada às 22:14

O congressista norte-americano Alan Grayson manifestou nesta quarta-feira (13/07), durante sessão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, sua “preocupação” em relação à situação política do Brasil. Para ele, o governo interino, liderado pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer, “mina a democracia” no país por meio do processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e do estabelecimento de políticas opostas àquelas votadas pela maioria da população nas urnas.

Grayson, deputado do Partido Democrata pelo Estado da Flórida, afirmou que Dilma foi reeleita “porque a maioria dos brasileiros quis que suas políticas progressistas continuassem”. Após sua reeleição, “alguns membros da oposição de direita começaram a questionar os resultados” do pleito e foram “ajudados pela mídia conservadora no Brasil” na acusação que motivou o processo de impeachment contra a presidente, disse o deputado.

“O governo interino está implementando as mesmas políticas que foram rejeitadas pela maioria dos eleitores brasileiros: cortando programas sociais, cortando educação, cortando habitação, cortando saúde. Essas eram coisas que o povo [brasileiro] queria. É pelo que eles votaram, e o governo interino mina a democracia negando essas coisas para as pessoas que votaram por elas”, disse Grayson, que apoiou Bernie Sanders durante a disputa pela candidatura presidencial por seu partido.

Reprodução / C-Span

O congressista norte-americano Alan Grayson durante sua intervenção na Câmara dos Deputados dos EUA

Procurado por Opera Mundi, o Itamaraty afirmou que não comentaria as declarações do deputado norte-americano.

Leia abaixo uma tradução para o português da declaração do deputado Alan Grayson:

Eu gostaria de expressar minha preocupação em relação aos eventos que estão acontecendo agora no Brasil. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff foi reeleita porque a maioria dos brasileiros quis que suas políticas progressistas continuassem. Mas, logo depois da reeleição, alguns membros da oposição de direita começaram a questionar os resultados da eleição. Ajudados pela mídia conservadora no Brasil, eles a acusaram de manipular o orçamento para pagar programas sociais. Mas, agora, eles levaram isso mais adiante, além de suas acusações, e a forçaram a sair temporariamente do cargo por meio do impeachment, e a colocando fora do poder enquanto esse processo [de impedimento] acontece.

O governo interino está implementando as mesmas políticas que foram rejeitadas pela maioria dos eleitores brasileiros: cortando programas sociais, cortando educação, cortando habitação, cortando saúde. Essas eram coisas que o povo [brasileiro] queria. É pelo o que eles votaram, e o governo interino mina a democracia negando essas coisas para as pessoas que votaram por elas.

Minha mensagem é simples: democracia importa. Votos importam. Em todo o mundo, estamos vendo direitistas tentando negar às forças democráticas seu poder legítimo, advindo de eleições que venceram. Na Inglaterra, nós vemos um esforço para minar os resultados do Brexit. Em Portugal, a mesma coisa aconteceu quando uma maioria de esquerda ganhou o Parlamento. E, aqui nos Estados Unidos, tem havido esforços para minar o presidente.

Isso precisa terminar. A democracia importa.

Veja o vídeo:

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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