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Política e Economia

'Golpe legal' abre caminho para 'privatizações radicais' no país, diz revista 'The Nation'

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'Vendas - que também incluem aeroportos e serviços de correio - irão diminuir cosmeticamente o déficit de orçamento do Brasil', afirma artigo

Redação

2016-07-29T23:00:00.000Z

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Em artigo publicado na quarta-feira (27/07), a revista semanal norte-americana The Nation afirma que o “golpe legal” cometido no Brasil abre caminho para “privatizações radicais” no país.

O autor, Andy Robinson, inicia seu texto falando do policial militar responsável por evitar que pessoas sejam atropeladas pelos VLTs (veículos leves sobre trilhos que trafegam no nível do solo), instalados neste ano para as Olimpíadas do Rio, e pensa que aqueles abordo devem se questionar por que não foram tomadas precauções por parte do governo carioca para evitar o “real perigo”: “que o Estado do Rio falisse, suspendendo os salários e pensões de milhares de trabalhadores do setor público”.

Esta situação, segundo o autor, pode se estender para o resto do Brasil com o governo do presidente interino Michel Temer, que deu início a um programa de corte de gastos públicos aliado a “privatizações radicais” de empresas estatais.

Como exemplo, o artigo citou a Petrobras, “joia da coroa do PT”. Segundo Luiz Eduardo Melin, conselheiro econômico do ex-presidente Lula durante seu segundo mandato, uma vez que a empresa, assim como outras, esteja a "ponto de falir", "será vendida a alguém por preços excelentes”. “Este alguém pode ser encontrado em Wall Street ou em Houston", diz.

Agência Efe

Temer deu início a programa de cortes de gastos públicos aliado a "privatizações radicais" de empresas estatais

A revista ainda pontua que, enquanto o diretor executivo da Petrobrás nega que a empresa será privatizada, “investidores internacionais estão se preparando para esta primeira venda”.

“As vendas — que também incluem aeroportos e serviços de correio — irão diminuir cosmeticamente o déficit de orçamento do Brasil, que, a 10%, está aumentando a dívida pública”, afirma a The Nation, reforçando que, a longo prazo, a privatização irá piorar as finanças públicas.

Além disso, a revista diz que, “pressionado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)”, o ministro das Finanças, Henrique Meirelles, “voltou atrás em sua promessa de aumentar os impostos e, em vez disso, fará mais cortes nos gastos e investimentos”, o que “ameaça a própria base do programa de combate à pobreza do PT”.

“Os mercados financeiros se deliciam com tudo isso”, diz o autor do artigo, afirmando que principalmente os lucros dos bancos — “liderados pelo pró-impeachment Itaú, maior banco da América Latina” — aumentaram muito devido a especulações sobre a dívida pública.

Andy Robinson finaliza seu texto dizendo que todo este cenário acabou dividindo a esquerda brasileira em dois grupos: um que acredita que Lula pode “arrastar o cadáver do PT para a vitória eleitoral em 2018” e outro que é a favor de construir uma alternativa.

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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