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Política e Economia

Chile homenageia Allende em cerimônia para lembrar 43 anos do golpe de Pinochet

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"Quarenta e três anos se passaram desde que, neste mesmo palácio, foi apagada a chama da democracia para a instalação da ditadura, do terrorismo de Estado e da arbitrariedade no coração de nossa pátria", disse a presidente Bachelet

Redação

2016-09-11T20:15:00.000Z

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O Chile homenageou neste domingo (11/09) o ex-presidente Salvador Allende, vítima de um golpe de Estado há 43 anos comandado pelo general Augusto Pinochet, em cerimônias que pediam justiça contra os atos cometidos na ditadura. O principal ato aconteceu no Palácio de La Moneda, sede do governo – e que foi bombardeado pela Força Aérea durante o golpe.

Flores foram colocadas perto da estátua de Allende da Praça da Constituição, e as ruas foram tomadas por uma tradicional manifestação organizada por grupos de direitos humanos em direção ao cemitério geral de Santiago, onde estão os restos mortais do ex-presidente deposto pelos militares.

"Quarenta e três anos se passaram desde que, neste mesmo palácio, foi apagada a chama da democracia para a instalação da ditadura, do terrorismo de Estado e da arbitrariedade no coração de nossa pátria", disse a presidente do país, Michelle Bachelet, que discursou em cerimônia no Pátio dos Canhões para convidados, parlamentares e familiares de Allende. O ex-presidente Ricardo Lagos também compareceu ao local.

Veja também: Relembre como foi o último discurso de Salvador Allende

Antes de iniciar seu pronunciamento, Bachelet, acompanhada por Isabel Allende, presidente do Partido Socialista e filha do presidente morto, e outros membros da família depositaram flores no Salão Branco do Palácio de La Moneda, que recria o lugar onde Allende se suicidou.

Agência Efe

Mulher deixa flor na tumba de Salvador Allende em cemitério de Santiago

Memória

A presidente lembrou que milhões de chilenos nasceram depois do golpe de Estado e do restabelecimento da democracia em 1990. Por isso, disse ser importante que todas as gerações saibam o que ocorreu no país durante o período obscuro da ditadura. "Temos diante de nós a tarefa de dar à memória o lugar que ela merece. De dar à justiça a profundidade e o espaço que ela requer, de honrar nossos mortos, seus nomes e suas lutas", afirmou.

(Reprodução)Bachelet aproveitou a oportunidade para dizer que seu governo deu "passos substantivos" nesta direção. Durante a cerimônia, ela anunciou o nome de quem comandará a Subsecretaria de Direitos Humanos, um órgão governamental criado em dezembro que agora entrará em funcionamento.

Já para Isabel Allende, ainda é preciso caminhar "muito mais" para fazer justiça e defendeu o fechamento de Peuco, uma prisão onde estão detidos vários ex-militares acusados de crimes contra a humanidade durante a administração de Pinochet. "Os violadores dos direitos humanos não devem ter tratamento especial porque são pessoas que cometeram as mais graves violações", disse a filha do ex-presidente chileno.

Isabel reafirmou no sábado (10/09) sua intenção de se candidatar à presidência do país em 2017 se contar com o apoio do Partido Socialista e das demais legendas que formam a Nova Maioria, coalizão de centro-esquerda que apoia o governo de Bachelet. Para isso, defendeu a realização de eleições primárias para o grupo ter apenas um único candidato. O adversário de Isabel na disputa interna pode ser Lagos, que na semana passada disse estar disposto a tentar um novo mandato.

Jorge Barahona / Flickr CC

Salvador Allende, presidente do Chile entre 1970 e 1973, foi destituído por um golpe militar

Anistia Internacional

A Anistia Internacional (AI) pediu que o governo do Chile mantenha a luta contra a impunidade e que todos os suspeitos de terem cometido abusos durante o regime militar sejam julgados. "Não é possível que até hoje siga vigente a Lei de Anistia, que o crime de tortura ainda não esteja tipificado. Que até hoje os crimes cometidos pelas forças de segurança sejam julgados pelos tribunais militares, e não civis", disse em comunicado a diretora-executiva da organização, Ana Piquer.

Além dos atos políticos em La Moneda, milhares de pessoas participaram da tradicional manifestação que percorre o centro de Santiago até o cemitério geral. Já perto do fim, grupos isolados de pessoas encapuzadas entraram em confronto com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersá-los.

(*) Com Efe

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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