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Política e Economia

Abacate passa petróleo e é produto mais lucrativo do México

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Em 2016, o México exportou mais de um milhão de toneladas de abacate para 31 países e os EUA foi o destino de 770 mil toneladas, 14% a mais que em 2015. Exportações estabeleceram marca histórica e geraram superávit de US$ 2,2 bilhões

Marcos Romero | ANSA

2017-03-13T19:19:00.000Z

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Atualizada às 10:35 de 14/03/2017

O abacate está se convertendo no novo "ouro" do México, ultrapassando o petróleo como produto de exportação que mais gera lucros para o país, de acordo com os números mais recentes divulgados pelo Ministério da Economia do Estado.

No entanto, ecologistas se queixam que o crescimento na demanda do fruto, abundante em vitamina E, está causando um grande estrago ao meio-ambiente mexicano. A polpa do fruto costuma ser usada como acompanhamento dos principais "snacks" dos norte-americanos em competições esportivas, como o Super Bowl.

Durante os intervalos da partida, aliás, grandes companhias e produtoras da fruta difundem anúncios publicitários. No dia 5 de fevereiro, por exemplo, o custo de uma propaganda de apenas 30 segundos no estádio, que foi vista por 130 milhões de espectadores, chegou a US$ 5 milhões.

Kjokkenutstyr.Net / Flickr CC

Abacates já são principal produto de exportação do México

A Associação de Produtores e Empacotadores de Abacate do México (Apeam) é a encarregada de financiar essa mensagem, que é transmitida pela emissora de televisão Fox e na qual são exaltados os benefícios do abacate mexicano.

Estima-se que cerca de 100 mil toneladas do popular molho guacamole, que é feito com a fruta, são consumidas apenas durante esse jogo de futebol americano.

A maioria do abacate que se consume nos Estados Unidos é produzido nos campos do estado de Michoacán, o que é criticado por ecologistas, que acreditam que o "boom" da produção do fruto no país está causando danos à ecologia, já que muitas terras florestais estão sendo dizimadas para ampliar os campos de abacate, mais rentáveis.

No ano passado, o México exportou mais de um milhão de toneladas de abacate para 31 países e os Estados Unidos foi o destino de 770 mil toneladas, 14% a mais que em 2015. O superávit dessas exportações, que estabeleceram uma marca histórica, foi de US$ 2,2 bilhões, segundo o Ministério de Economia.

Assista abaixo o comercial de abacates do México que foi ao ar no intervalo do Super Bowl no último dia 5 de fevereiro:

Em Michoacán, produtores do alimento dizem que a revisão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá encarecer o abacate e reduzir o consumo.

Mesmo assim, especialistas estimam que as exportações manteriam o mesmo nível devido à grande demanda dos norte-americanos e os produtores afirmam que poderiam sobreviver com suas vendas à Europa, principalmente à Holanda e à Alemanha, e à Ásia, sobretudo Japão e China, grande consumidor de abacate.

Em diferença ao petróleo, do qual o México também tem ampla competência, no caso do abacate a produção nacional é responsável por quase um terço de todo o consumo mundial, mesmo que haja, atualmente, 60 nações que produzem a fruta.

O mexicano costuma ser o preferido para a maioria do planeta por serem produzidas no país as três das variedades mais conhecidas e consideradas deliciosas do alimento: o hass, o criollo e o fuerte.

Os principais produtores de abacate no mundo são México, República Dominicana, Colômbia e Peru. Mesmo assim, a produção no México supera quase quatro vezes as exportações do segundo maior exportador em nível mundial, o país da América Central.

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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