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Política e Economia

Cientistas brasileiros temem que cortes de Temer destruam pesquisas no país, diz revista Nature

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Publicação norte-americana comenta corte de 44% em fundos para Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, que tem seu menor orçamento em 12 anos

Redação

2017-04-05T16:00:00.000Z

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Os cortes no orçamento para a ciência, feitos pelo governo de Michel Temer (PMDB), levaram os cientistas brasileiros a temer que a produção científica no país seja destruída. Em reportagem publicada nesta segunda-feira (03/04) pela revista Nature, os pesquisadores dizem que a área já sofreu muitas restrições orçamentárias por conta da crise, e que os novos cortes só pioram a situação.

No dia 30 de março, o Palácio do Planalto anunciou um corte de 44% no dinheiro previsto para a área, deixando o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) com o menor orçamento em 12 anos. O valor que a pasta pode usar neste ano é, com as novas restrições, cerca de R$ 2,8 bilhões – antes dos cortes, este número era de R$ 5 bilhões.

Leia também: 'Rebaixamento' de Ministério da Ciência irrita pesquisadores brasileiros, diz revista Nature

De acordo com o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, ouvido pela Nature, o novo orçamento é uma “bomba atômica sobre a ciência brasileira”. “Se estivéssemos em guerra, alguém poderia pensar que essa era uma estratégia de um poder externo para destruir nosso país. Mas, em vez disso, somos nós fazendo isso conosco”, afirmou.

Marcos Corrêa / PR

Michel Temer e Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações

Já para Sidarta Ribeiro, chefe do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, os cortes podem incentivar a diáspora de cientistas do Brasil. Ele citou, relata a Nature, o caso da neurocientista Suzana Herculano-Houzel, que trocou o país pelos EUA justamente pela falta de condições de pesquisa. “Se eu não tivesse dinheiro do exterior para pesquisar, eu estaria fechando também”, afirmou Ribeiro.

Dias antes do anúncio dos cortes, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciência) haviam enviado uma carta a Temer e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pedindo que a área fosse poupada. No texto, as entidades lembraram da aprovação da PEC 241, que congela os gastos do governo por 20 anos e só ajusta esses totais de acordo com a inflação.

“A PEC 241 congelou o orçamento do MCTIC num momento em que este se encontrava contraído, encolhido, reduzido a valores muito aquém do necessário em razão dos sucessivos cortes que tiveram como justificativa a crise que estamos vivendo”, afirma o texto. 

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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