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Política e Economia

Aula Pública com Wolfgang Leo Maar: a periferia de São Paulo é liberal?

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Sociólogo discute pesquisa publicada pela Fundação Perseu Abramo sobre as percepções políticas das camadas populares da capital paulista

Redação

2017-06-01T11:50:00.000Z

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Opera Mundi TV

Na Aula Pública, Wolfgang discute as percepções políticas da periferia de São Paulo


O povo brasileiro, constituído na sua maioria pelas camadas mais pobres do país, é um sobrevivente. São pessoas que adotam uma postura ativa e sabem o que querem e sabem do que precisam para seguir em frente na luta. E, justamente para sobreviver, esse povo adotou o discurso da meritocracia, como indica o estudo da Perseu Abramo sobre as percepções políticas da periferia de São Paulo.

Clique aqui para assistir a todos os episódios da Aula Pública Opera Mundi

Esta é a análise de Wolfgang Leo Maar, doutor em filosofia pela USP e professor da UFSCar, ao discutir se A Periferia de São Paulo é Liberal, na Aula Pública Opera Mundi. Para o pesquisador, é preciso contextualizar o atual cenário socioeconômico do país para compreender como é formado o imaginário político dos cidadãos.

Em síntese, a pesquisa publicada em março pela Perseu Abramo afirma que muitas pessoas da periferia são adeptas ao discurso da meritocracia, sendo também críticas em relação ao Estado. 

"Sobre a pesquisa da Perseu Abramo, podemos dizer que deu a lógica. A opinião do povo é construída. Ou seja, as pessoas pensam conforme elas são condicionadas pela situação atual da sociedade brasileira capitalista, que tem um Estado que diminuiu a oferta de serviços públicos. Nas camadas populares, o Estado só aparece com firmeza apenas quando é por meio da polícia ou para arrecadar impostos. Logo, não é difícil imaginar que a periferia considere o Estado um adversário e faça a opção pela oferta de serviços privados. Para ter esses serviços, é preciso lutar e trabalhar, ou seja, mostrar mérito. Então, não é esquisito que as pessoas acreditem no discurso da meritocracia", analisa Wolfgang Leo Maar.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Wolfgang Leo Maar: a periferia de São Paulo é liberal?

 

No segundo bloco da Aula Pública, Wolfgang responde perguntas do público da PUC-SP:


Para Wolfgang, a vida social na periferia é um campo de disputa de narrativas. As pessoas são condicionadas a uma série de fatores, como a mídia ou as relações produtivas, que irão determinar os movimentos entre esquerda e direita. Portanto, não é possível caracterizar um pólo ideológico homogêneo entre os mais pobres.

"A periferia não é liberal. Ser liberal implica valorizar a liberdade do comprador e do vendedor. E, na verdade, a periferia valoriza a sua liberdade em muitas outras situações. Precisamos compreender que tratamos de um campo de disputas de narrativas", conclui.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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