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Política e Economia

Antes do Gabinete de Segurança Institucional, chefe da CIA em Brasília se encontrou com a Polícia Federal

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Em julho de 2016, Duyane Norman foi recebido pelo diretor-geral da PF, Leandro Daiello; GSI afirma que respeitou a Lei de Acesso à Informação ao divulgar cargo de Norman e que a reunião foi 'uma visita de cortesia'

Redação

2017-06-20T22:19:00.000Z

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O diretor-geral da Polícia Federal brasileira, Leandro Daiello, se encontrou no dia 11 de julho de 2016 com o chefe do posto da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) em Brasília, Duyane Norman – o mesmo agente que se reuniu com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, no dia 9 de junho deste ano, conforme divulgado na agenda oficial das duas autoridades brasileiras.

O compromisso divulgado em julho do ano passado na agenda oficial de Daiello mostrava que o diretor-geral da PF se encontrou com Duyane Norman e Joseph Direnzo, classificados apenas pela sigla CIA. Já na agenda do general Etchegoyen, apenas o nome de Norman estava marcado, porém apresentado como “chefe do posto da CIA em Brasília”. 

Em um perfil na rede social LinkedIn, Duyane Norman diz ser um "Foreign Service Officer" (ou "funcionário de relações exteriores", em tradução livre) desde abril de 1992 que trabalha para o governo federal dos EUA e mora em Brasília. Seu nome não consta no site da CIA nem em outras redes sociais. 

Já Joseph Direnzo atua como diretor de parcerias em pesquisas do Centro de Excelência em Resiliência Costeira, órgão do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Oficial da guarda costeira norte-americana aposentado, Direnzo atuou em operações antiterroristas em conjunto com a Marinha dos EUA e serviu em países do Golfo Árabe e em Porto Rico.


Reprodução

Agenda do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, indica reunião com Norman e Direnzo, identificados como "CIA"

A divulgação pelo GSI do cargo de Norman e de sua identidade como chefe da CIA no país foi observada nesta segunda-feira (19/06) por João Augusto de Castro Neves, diretor para a América Latina do Eurasia Group, uma consultoria de risco político. Em um post no Twitter, Neves apontou como uma informação mantida sob sigilo pelo governo norte-americano foi divulgada na agenda oficial de Etchegoyen, disponível para todos na internet. "O governo brasileiro involuntariamente expôs um agente da CIA?", questionou.

Did the Brazilian govt unintentionally out a CIA officer? pic.twitter.com/Wqt9DCuRUC

— J.A. de Castro Neves (@BrazilPolitics) 19 de junho de 2017

Opera Mundi enviou uma lista de 12 perguntas ao GSI e à PF, questionando os temas tratados e os objetivos dos encontros oficiais com supostos representantes da CIA.

Em nota, o GSI respondeu:

“Em resposta às suas indagações encaminhadas por e-mail nesta data, informamos o seguinte: 1. A Agenda do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional é um dos instrumentos da Transparência Ativa prevista na Lei Nr 12.527, de 18 Nov 11, Lei de Acesso à Informação, e está disponível no site www.gsi.gov.br;

2. Ressalta-se, ainda, que nas audiências são registrados os nomes e os cargos das autoridades, observando-se, sem exceção, o Princípio da Publicidade previsto no Art 37 da Constituição da República Federativa do Brasil;

3. Por fim, registramos que a autoridade americana realizou uma visita de cortesia ao Ministro do GSI por estar retornando aos EUA após o término de sua missão no Brasil.

Atenciosamente, Assessoria de Comunicação Social do GSI Brasília, DF, 19 de junho de 2017.”

A Polícia Federal não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Reprodução

Agenda do ministro chefe do GSI, Sergio Etchegoyen

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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