Em discurso no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (26/06), o presidente Michel Temer cometeu uma nova gafe e afirmou que, na viagem que fez à Rússia, na semana passada, verificou o interesse de empresários “soviéticos” de investir no Brasil, além de se referir a “empreendimentos soviéticos”.
“Estive agora recentemente em Moscou, na Rússia, e depois na Noruega, e verifiquei o interesse extraordinário dos empreendimentos soviéticos, o deputado [Darcísio] Perondi lá esteve em nossa comitiva, e nós pudemos verificar o interesse extraordinário de empresários soviéticos e noruegueses no nosso país, pelo que está acontecendo no país”, afirmou Temer.
No dia 19 de junho, a assessoria de Temer divulgou que o presidente partiria às 14h30 daquele dia para a “República Socialista Federativa Soviética da Rússia”. Após alguns minutos, o erro foi corrigido e o destino foi alterado para Federação Russa, nome oficial do país.
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Agência Efe
Temer disse que viu interesse de empresários “soviéticos” no Brasil
Mesmo com a correção, o link disponível para o internauta adicionar o compromisso a sua agenda pessoal ainda mostra que a viagem do presidente seria para a antiga URSS. Para quem busca “República da Rússia” no Google, o primeiro resultado oferecido pelo buscador é o nome “República Socialista Federativa Soviética da Rússia”.
A União Soviética foi dissolvida em 1991.
Noruega
De Moscou, o presidente brasileiro foi a Oslo, onde foi cobrado pela premiê norueguesa Erna Solberg pelo combate à corrupção no Brasil e teve a notícia de que a Noruega reduziria os repasses a Brasília do fundo de conservação da Amazônia, por conta do aumento do desmatamento.
Depois das críticas de Solberg, Temer tomou a palavra e declarou que visitaria o “Parlamento brasileiro” e se encontraria com o “rei da Suécia”, quando na verdade visitou o Parlamento da Noruega e se reuniu com o rei norueguês, Harald V.
Em resposta à primeira-ministra, Temer afirmou que, no Brasil, “as instituições funcionam com regularidade extraordinária”. “A democracia é algo plantado formalmente pela Constituição e praticada na realidade”, disse o presidente que chegou ao poder por meio da destituição de Dilma Rousseff em 2016