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Política e Economia

Aula Pública com Juarez Xavier: por que mídias radicais são fundamentais para as contranarrativas populares?

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Professor de jornalismo da Unesp discute como a transformação da realidade exige a pluralidade de informações

Redação

2017-07-20T12:21:00.000Z

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As mídias radicais são fundamentais para a compreensão do mundo contemporâneo. Além de garantir a pluralidade das fontes de informação, essa nova modalidade comunicativa permite romper com o foco narrativo único, ou seja, o jornalismo que se atém apenas aos interesses coorporativos, sem qualquer tipo de preocupação cidadã. Mas afinal, o que são mídias radicais e por que elas são fundamentais às contranarrativas populares?



Estas são indagações que Juarez Xavier, doutor em Ciências pelo Prolam (Programa de Pós-Graduação Integração da América Latina) e professor de Jornalismo da Unesp, responde na Aula Pública Opera Mundi.

Clique aqui para assistir a todos os episódios da Aula Pública Opera Mundi

Para o especialista, as mídias radicais têm como função pluralizar o pensamento e, como consequência, dar aos cidadãos elementos para a transformação da realidade.

Opera Mundi TV

Na Aula Pública, Juarez explica como as contra-narrativas populares podem transformar a realidade

"As mídias radicais oferecem possibilidades para que as pessoas possam ampliar o campo cognitivo de compreensão dos fenômenos. O Estado brasileiro, pela sua ação ou pela sua ausência, especializou-se em matar jovens, mulheres, gays, travestis e pobres. É um Estado extremamente violento e, para conter o poder político num cenário como esse, você precisa de uma mídia que justifique essas ações. E a mídia brasileira se afeiçoou a esse tipo de organização de Estado, abrindo mão de aspectos fundamentais do jornalismo do século 20. Nos dias atuais, a imprensa não produz informação ativa para que as pessoas defendam a cidadania. A mídia brasileira se conformou com esse tipo de estado", explica Juarez.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Juarez Xavier: por que as mídias radicais são fundamentais às contra-narrativas populares?

 

No segundo bloco, o professor Juarez responde perguntas do público na Universidade São Judas Tadeu, na Mooca.


Além disso, a questão da objetividade é um aspecto fundamental para compreender a comunicação. Com narrativas fantasiosas, como no caso da atual reforma trabalhista, a imprensa tradicional não cumpre com parâmetros sociais da comunicação.

"Devemos considerar a objetividade como um aspecto cognitivo. Ou seja, preciso identificar uma realidade para além da minha subjetividade para poder transformar a realidade social. A mídia brasileira passa a construir narrativas de caráter ideológicos no sentido clássico, invertendo a leitura da realidade. As mídias radicais surgem para romper com isso: elas são contra o estado autoritário e contra a mídia coorporativa. Em grande parte dos veículos de comunicação, sobretudo do jornalismo comercial, é possível perceber um foco narrativo quase que único. Ou seja, não há diversidade e as fontes são sempre as mesmas", afirma Juarez. 

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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