“A Venezuela era um fator de obstáculo nas negociações do Mercosul com outros Blocos”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. A declaraçção foi dada durante conferência na Federação de Comércio de São Paulo. Para ele, expulsão do país facilitou a negociação de acordos de livre comércio.
Durante o evento acontecido na última segunda-feira (25/10), o ministro afirmou que a suspensão “deu maior liberdade de atuação aos quatro sócios fundadores”, disse Nunes durante a conferência. Nunes afirmou também que a medida diminuiu os “entraves na negociações do Mercosul, trazendo mais liberdade de atuação aos quatro países sócio-fundadores do bloco”.
A expulsão da Venezuela do bloco foi decidida em agosto deste ano, com a ativação da chamada “cláusula democrática”. O Brasil – que atualmente é o presidente temporário do Mercosul -, juntamente com a Argentina, Uruguai e Paraguai foram favoráveis a retirada da Venezuela.
Agência Efe
Ministro das relações exteriores afirmou também que saída da Venezuela do bloco assegura “maior liberdade” ao Mercosul
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Para o ministro, “durante muito tempo” o bloco sofreu “uma certa paralisia” quando tentava “criar uma zona de comércio livre na região e ser uma plataforma” com competição a nível internacional.
“O foco original foi bastante prejudicado”, afirmou Nunes em referência aos governos progressistas e de esquerda que estavam à frente de diversos países da América-Latina durante o começo da última década.
Para o chanceler, de lá para cá a visão política de países como Brasil e Argentina mudou bastante. “No Brasil e na Argentina, além das questões que afetam a economia dos países pela crise, existia certa visão restritiva do livre comércio”, disse Nunes.