Israel anunciou que não pedirá desculpas pelo ataque realizado por militares do país contra uma frota de ativistas que levava ajudas humanitárias à Faixa de Gaza, como pedido pela Turquia para evitar a ruptura das relações bilaterais.
A afirmação foi feita hoje (5/7) pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, em referência ao atentado ocorrido no dia 31 de maio e que deixou nove mortos em um navio de bandeira turca que tentava furar o bloqueio feito contra a Palestina.
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“Não temos nenhuma intenção de pedir desculpa. Acreditamos, sim, que o contrário seja verdadeiro”, declarou Lieberman aos jornalistas, após um encontro com seu homólogo da Letônia, durante uma visita ao país báltico.
O chanceler turno, Ahmet Davutoglu, citado na manhã de hoje pelo jornal laico Hurriyet, afirmou que seu governo romperá relações com Israel caso a nação não peça perdão pelo ataque.
Davutoglu também exortou o Estado judeu a aceitar as conclusões de uma investigação “internacional e imparcial” sobre o assalto feito por militares israelenses.
Negociação árabe-israelense
Depois de 18 meses sem tentativa de diálogo, israelenses e palestinos anunciaram nesta segunda-feira que vão retomar as
negociações para um acordo de paz. O ministro da Defesa de Israel, Ehud
Barak, e primeiro-ministro da ANP (Autoridade Nacional Palestina),
Salam Fayyad, marcaram para a tarde de hoje uma conversa,
no Hotel King David, em Jerusalém. As informações são da rede estatal
de televisão de Israel, Channel 1, citadas pela Agência Brasil.
A reunião foi negociada pelo
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pelo primeiro-ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu.
Paralelamente, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que esteve na região em abril, colocou-se à
disposição de israelenses e palestinos para também colaborar na busca
por um acordo.
De acordo com a Channel 1, o presidente da
ANP, Mahmoud Abbas, negou progressos nas
negociações de aproximação com Israel. Segundo a rede de televisão,
Abbas afirmou em entrevista que aguarda respostas positivas de Israel
sobre as questões de fronteira e de segurança.
O principal
negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que as negociações são
conduzidas por Netanyahu. De acordo com a Channel 1, Erekat disse que o
primeiro-ministro israelense poderia declarar o fim do embargo na Faixa
de Gaza, que tem cerca 1,4 milhão de habitantes.
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