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Política e Economia

Ex-ditador Jorge Videla assume culpa por crimes na ditadura argentina

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Ex-ditador Jorge Videla assume culpa por crimes na ditadura argentina

Marina Terra

2010-07-05T23:41:00.000Z

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Atualizada às 09h de hoje (6/7)

O ex-ditador argentino Jorge Videla assumiu sua responsabilidade na repressão movida durante seu governo  (1976-1983), ao se declarar culpado nesta segunda-feira (5/7) na segunda audiência de um julgamento oral e público por crimes contra a humanidade.

"Reitero e assumo minhas responsabilidades em todas as ações realizadas pelo exército na guerra contra dos subversivos", disse Videla, que acrescentou que "os subordinados se limitaram" a cumprir suas ordens. 

"Assumo em plenitude minhas responsabilidades":


Além do primeiro dos quatro presidentes da última ditadura, de 84 anos, estavam sentados no banco dos réus o general Luciano Benjamín Menéndez e outros 23 acusados. Todos eles devem responder pelo fuzilamento em 1976 de 30 detidos em uma prisão da província de Córdoba. 

Videla e Menéndez são acusados de violação aos direitos humanos durante a ditadura no país. É o terceiro julgamento por crimes contra a humanidade realizado na cidade argentina, mas o primeiro de Videla depois que houve um julgamento de membros da junta militar.

Leia mais:
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Videla e Menendez são acusados em dois processos, pela morte de 32 presos políticos e por sequestros e torturas cometidos pelo Departamento de Polícia de Informações (conhecido pela sigla D2). Um dos casos mais emblemáticos é conhecido por UP1, e o principal acusado é Videla.

O ex-presidente é apontado como mandante da execução de 32 prisioneiros políticos, no período de abril a outubro de 1976, em San Martín Prison Unit - na cidade de Córdoba. As vítimas foram presas antes do golpe de Estado, de 24 de março de 1974. As vítimas foram acusadas pelo Judiciário da época de violar a lei anti-subversão. Homens e mulheres foram massacrados até a morte em circunstâncias diferentes.

O ex-ditador, que também enfrenta acusações na Itália, na Espanha, na França e na Alemanha pelas mortes de civis na Argentina, chegou a ficar em cadeias militares e em prisão domiciliar, mas agora está em uma cela comum. Com o ex-ditador já condenado à prisão perpétua, o julgamento que começa nesta sexta não pode elevar seu tempo na cadeia, mas as famílias das vítimas consideram que uma possível condenação pode ajudar a superar as mortes.

O tribunal é presidido por Jaime Diaz Gavi, acompanhado desta vez por Carlos Lascano, Julio María José Pérez Villalobos e Carlos Arturo Ochoa. A acusação, por meio do Ministério Público, é conduzida por Carlos Maximiliano e Hairabedián Gonella, com apoio de Pablo Bustos Fierro.


*Com agências

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Hoje na História

Hoje na História: 1937 - morre o megaempresário norte-americano John Rockefeller

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Ele encarnou o símbolo do homem de negócios implacável, astuto e sem alma caracterizado no século XIX

Max Altman

2022-05-23T16:45:00.000Z

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John Davison Rockefeller, homem de negócios rígido, astuto mas sem alma, embora fervoroso batista, o mais marcante e o mais rico dos grandes empresários norte-americanos do final do século XIX, morre em 23 de maio de 1937 em Ormond Beach, Flórida.

A descoberta de uma jazida de petróleo, pela primeira vez, em 27 de agosto de 1859, surge num momento em que as necessidades de claridade não eram mais satisfeitas pelos lampiões tradicionais ou as lâmpadas a óleo.

Aquele óleo negro saído das pedras de Pensilvânia iria revolucionar a vida cotidiana. Esquecidos das lamparinas sujas, custosas e esfumacentas eis que sugue a lamparina a querosene incandescente, uma claridade adequada, de boa luminosidade e relativamente econômica.

A partir da descoberta, ele se dedica à refinar o petróleo bruto, e muito rapidamente, iria dominar a economia do setor. A dominação do setor significava passar pela extração do óleo por meio de poços e ter a capacidade de refinar o produto. E praticamente o único em condições de fazê-lo era John Davison Rockefeller, também fundador da Standard Oil.

Ele iria dominar também as estradas de ferro que transportavam os produtos petroleiros dos locais de extração ao locais de refino, além dos grandes centros consumidores. Passou a ameaçar todos aqueles que se dispunham a com ele concorrer para a construção da arma fatal a solucionar o problema do transporte do petróleo: o oleoduto. E também a fabricar e distribuir no mundo todo os famosos botijões de querosene Jacaré. Os botijões eram distribuídos quase de graça obrigando os usuários a consumir o querosene fabricado pela Standard Oil.

Rockefeller iria visitar uns após outros de seus concorrentes refinadores e propõe a todos eles comprar suas refinarias em troca de um certo volume de ações sem direito a voto de sua própria empresa: a Standard Oil de Ohio.

Usa de métodos muito pouco convencionais, ameaçando os concorrentes em arruiná-los baixando drasticamente o preço do refino. Na verdade, Rockefeller queria era se beneficiar da baixa dos preços de transporte, cujo meio também monopolizava. Pouco demorou para que a Standard Oil viesse a deter 80% do mercado de refino. O produto resultante do refino era a querosene cuja iluminação por intermédios dos lampiões, clareava as noites estendendo pela primeira vez a jornada em muitas horas mais. Mais tarde foi o combustível preferido e adequado que movimentou a nascente indústria do automóvel.

Wikicommons
Rockefeller foi criador da empresa precursora no ramo de petróleo e combustíveis Standard Oil

Era a época do nascimento dos trustes, empresas cheias de tentáculos cujo capital era repartido entre uma minoria de acionistas com direito a voto nas assembleias gerais e os ‘‘trustees’’, acionistas em direito a voto. O abuso da posição dominante dos trustes  como a Standard Oil suscitou a aprovação em 1890 da Lei Shermann ou lei antitruste.

Vinte anos mais tarde, após deter 80% da capacidade de refino em todo o país, por  consequência desta lei e de seus próprios excessos, a Standard Oil foi obrigada a se dividir em 33 sociedades teoricamente independentes. Pouco a pouco, valendo-se das falhas regulamentares, iria se reconstituir em torno da Standard Oil of New Jersey, que seria mais conhecida pelo nome de Esso, depois Exxon e Exxon Mobil para tornar-se a líder de um cartel dominante do setor petrolífero mundial: ‘‘As Sete Irmãs’’, apodo de um cartel oculto que dominou de maneira esmagadora o setor petrolífero mundial durante a primeira metade do século XX.

São compostas dos principais filhos da Standard Oil fundada por John Rockefeller e pulverizada conforme a lei Shermann: Standard Oil of New Jersey (Esso, hoje Exxon-Mobil), Standard Oil of New York (Socony ou Mobil, hoje Exxon-Mobil), Standard Oil of California (Chevron), Texaco (Chevron), Gulf Oil (Chevron), assim como de duas companhias europeias: Anglo-Persian (hoje British Petroleum, ou BP) e Shell.

Também nesta data:

1703 - Surge no Irã a fé baháí
1498 - Após desafiar o papa, Savonarola é morto
1873 - É criada a Real Polícia Montada do Canadá
1992 - O juiz Giovanni Falcone é assassinado pela máfia
1934 - Polícia mata o famoso casal de foras-da-lei Bonnie e Clyde

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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