O Exército Nacional de Libertação (ELN) da Colômbia anunciou nesta segunda-feira (26/02) uma interrupção em todas as suas operações armadas durante as eleições legislativas colombianas.
Segundo comunicado oficial divulgado pela organização, embora não compactue com “processos viciados”, “como mostra de respeito aos colombianos e colombianas, o ELN realizará um cessar de operações militares ofensivas entre os dias 9 e 13 de março”, período em que irão ocorrer as votações.
O grupo também agradece os agentes que trabalham em diversos setores pela “continuidade do processo de paz” e lembra a “importância de seguir avançando na Agenda acordada em Caracas em 30 de março de 2016”, encontro que marcou o início do processo de paz nas negociações com o governo colombiano.
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Decisão é 'mostra de respeito aos colombianos e colombianas', diz nota
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Os encontros em Caracas levaram a uma nova rodada de conversas em Quito, no Equador, programadas para janeiro de 2018. No entanto, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, retirou sua delegação da capital equatoriana e suspendeu as negociações pelo suposto envolvimento do ELN em um ataque contra forças policiais do país.
Ainda de acordo com o comunicado, “a agenda deve continuar se desenvolvendo com rigorosidade”, de forma que respeitem “instrumentos e protocolos acordados, para buscar um acordo que supere o enfrentamento armado em busca da uma Colômbia em paz e justiça”.
O ELN também citou o presidente Santos e a rodada de conversas abandonada pelo governo na capital do Equador. Segundo a nota, o grupo propõe a Santos que fixe “uma data de início do quinto ciclo de negociações e envie sua Delegação de Diálogo a Quito”.