O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (10/05) que vai se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un no próximo dia 12 de junho em Cingapura.
“A muito esperada reunião entre mim e Kim Jong-un irá acontecer em Cingapura em 12 de junho. Nós dois tentaremos fazer dela um momento muito especial para a paz mundial!”, disse o presidente, pelo Twitter.
Esta será a primeira reunião da história entre um presidente dos Estados Unidos no exercício do cargo e um líder norte-coreano. Bill Clinton chegou a se encontrar com o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, em 2009, quando já havia deixado o poder.
Na quinta (09/05) o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, foi a Pyongyang discutir detalhes do encontro. Depois de anos de tensões e sanções cada vez mais rigorosas adotadas contra os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, o diálogo com o país foi acelerado nos últimos meses.
Na terça-feira (08/05), Kim encontrou-se com o presidente chinês Xi Jinping na China – pela segunda vez em seis semanas – destacando os esforços dos aliados na retomada do diálogo. Pequim faz questão de participar das manobras diplomáticas que levaram ao encontro histórico de Kim, no mês passado, com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e à futura cúpula com Trump.
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Reprodução
Trump e Kim se encontrarão em 12 de junho em Cingapura
Coreia do Sul e do Norte
Em abril, Moon e Kim se reuniram na zona desmilitarizada de Panmunjom, no primeiro encontro entre os líderes dos dois países em mais de uma década. Os dois países estão, ainda, tecnicamente em guerra, já que somente um armistício havia sido assinado em 1953. Eles se comprometeram a assinar um acordo de paz definitivo.
“Durante este ano que marca o 65º aniversário do armistício, Coreias do Sul e do Norte concordaram em buscar ativamente reuniões trilaterais envolvendo as duas Coreias e os Estados Unidos, ou encontros quadrilaterais envolvendo as duas Coreias, os Estados Unidos e a China, com o objetivo de declarar o fim da guerra, transformando o armistício em um tratado de paz e estabelecendo um regime de paz sólido e permanente”, diz o documento assinado pelos dois.
“Estamos há muito tempo esperando e, agora, percebemos que somos uma nação, que somos próximos”, afirmou Kim, ao comentar a assinatura da declaração conjunta. “Estamos ligados pelo sangue e nossos compatriotas não podem viver separados”, acrescentou.