A reunião desta terça-feira (12/06 em Cingapura, 11/06 no Brasil) entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, repercutiu entre os grandes atores mundiais. A China pediu à comunidade internacional que considere suspender ou revogar as sanções contra Pyongyang por seus testes nucleares.
“As sanções não são a conclusão. Nós acreditamos que o Conselho de Segurança deve se esforçar para apoiar os passos diplomáticos da fase atual [de negociações]', afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
Já o ministro das relações Exteriores pediu que Estados Unidos e Coreia do Norte resolvam todos os seus problemas com “conversas paritárias” e estabeleçam “uma confiança recíproca”. Para Pequim, a reunião tem um “importante e positivo significado, iniciando uma nova história” entre os dois países.
Rússia, Índia e Coreia do Sul também manifestaram satisfação com o encontro e a distensão entre os dois países.
Moscou elogiou a reunião entre Trump e Kim, mas demonstrou desconfiança. “Não podemos deixar de acolher de maneira positiva os passos feitos hoje, apesar de o diabo estar nos detalhes”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
Shealah Craighea/White House
Kim e Trump se reuniram em Cingapura nesta terça
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A Índia também elogiou a reunião, considerando-a um “passo importante para a paz e para a estabilidade na península coreana”. “A Índia sempre apoiou todos os esforços para levar paz e estabilidade à península coreana através do diálogo e da diplomacia”, comentou o governo em uma nota oficial.
A Coreia do Sul, que até poucos meses atrás era uma adversária política da vizinha do Norte, disse que a reunião de hoje é “histórica”, capaz de encerrar o último capítulo da Guerra Fria e de escrever uma nova história de paz e cooperação. “Cumprimento e recebo com felicidade o sucesso da histórica cúpula entre EUA e Coreia do Norte”, disse o presidente Moon Jae-in.
Reunião
Kim concordou em abrir mão do seu plano nuclear, em troca de apoio de Washington no setor de segurança. A reunião também pode abrir caminho para a paz na península coreana, já que Seul sempre foi aliada dos EUA e os exercícios militares com Washington provocavam tesões com Pyongyang.
(*) Com Ansa